Verdadeiro Olhar

Junta de Baltar denuncia lixeiras ilegais na zona industrial e na Serra do Muro

A zona industrial de Parada-Baltar e a Serra do Muro, na freguesia de Baltar, em Paredes, têm sido alvo de deposição ilegal de resíduos de construção e até garrafões nos últimos meses. O presidente de junta já denunciou a situação às autoridades e apela à população que ajude a identificar os infractores. A Câmara Municipal, que teve já conhecimento da situação, diz que vai intensificar a vigilância e fiscalização e que, mesmo não sendo da sua responsabilidade, vai proceder à retirada destes lixos.

“Nas imediações da zona industrial de Parada-Baltar existe uma lixeira de grandes dimensões, em que os materiais provenientes das mais diversas obras de construção civil são depositados a céu aberto. Existe amianto, bem como outros materiais tóxicos que são depositados em quantidades industriais e na completa impunidade”, descreve o presidente da Junta de Baltar, Jorge Coelho. “A estrada que foi aberta entre a zona industrial e a zona escolar de Baltar, é usada para depositar na floresta todo o tipo de resíduos. Os resíduos industriais estão espalhados por vários pontos, pois não existe qualquer tipo de vigilância. A floresta de Baltar está a ser constantemente afectada por indivíduos sem qualquer tipo de respeito pelo meio ambiente”, critica o autarca local.

Jorge Coelho aponta que situações idênticas acontecem na Serra do Muro, na zona do Cruzeiro, “com sucessivos despejos de lixo com detritos de diferentes proveniências”.

“A Junta de Freguesia limpa, limpa e limpa, mas passados alguns dias já existem novos depósitos de lixo. Volta tudo ao mesmo. Os infractores devem ser denunciados, a vigilância de todos nós deverá ser aumentada e as penas têm que ser devidamente aplicadas”, refere o presidente de junta, apelando à denúncia dos infractores.

Ao Verdadeiro Olhar, Jorge Coelho adianta que estas situações se têm repetido nos últimos meses e que já foram feitas várias queixas junto da GNR, nomeadamente do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA). “Mas isto não é de fácil solução porque se tratam de locais isolados. A fiscalização não é fácil”, admite.

Contactada, a Câmara de Paredes diz que já se inteirou da situação e que condena o acto e os autores. “A autarquia vai reforçar de imediato a vigilância e fiscalização. São descargas que ocorrem em zonas de pouca visibilidade, tornando-se difícil apanhar os infractores no momento das descargas ilegais do lixo”, explica o município. À semelhança da Junta de Freguesia, também a Câmara “apela à cidadania de todos” e pede à população “para fazer a denúncia destes casos às autoridades competentes e reportar ao Município para serem tomadas todas as medidas legais adequadas e que os infractores sejam punidos”.

“Embora não sendo da sua responsabilidade, o Município vai proceder à retirada dos resíduos de construção e demolição depositados ilegalmente”, conclui a resposta enviada.