Nuno Queirós, animador sócio-cultural de Valongo que tem estado a usar os seus tempos livres para levar algum apoio aos idosos que ficaram mais isolados devido à pandemia por não terem acesso ao centro de dia, foi premiado pela Associação Nacional de Gerontologia Social.
O jovem de 29 anos vai receber o galardão AIAA – ANGES InternationalAgeingAward na categoria “profissional do ano”.
O prémio tem como objectivo principal reconhecer pessoas e instituições pelas boas práticas em torno das questões do envelhecimento e dos mais velhos, refere a organização.
“É muito gratificante. Era uma coisa que não esperava de todo e é uma validação que mostra que o projecto tem impacto”, diz Nuno Queirós. “Espero que sirva de exemplo e que seja replicado pelo país”, acrescenta.
Foi em Julho que começou o projecto “Nuno e os Idosos”. A meta era combater o isolamento dos seniores com que costumava trabalhar, no centro de dia da Santa Casa da Misericórdia de Valongo.
Começou por visitar, na hora de almoço, os 22 utentes, levando-lhes uma “música à varanda” e uma palavra de afecto. Agora tem-lhes colocado cartas no correio “com uma mensagem de coragem e esperança para lerem nos dias em que se sentem tristes”. No futuro quer levar ainda aos seniores estimulação cognitiva ou pequenas sessões de ginástica.
Os vencedores do prémio foram anunciados no foram divulgados no AGEINGCONGRESS2020 – 3.º Congresso Internacional sobre Envelhecimento, este ano em formato online. A ANGES distinguiu ainda, na categoria Personalidade, o médico Pinto da Costa, na categoria Projecto a Câmara de Amares, e na categoria Parceria o Centro Social e paroquial de Almaceda, O Barquinho e a União das Instituições Particulares de Solidariedade Social do Distrito de Bragança.
Nuno Queirós é licenciado em Ciências da Educação, com pós-graduação em Psico-Gerontologia e mestrado em Serviço Social. É ainda formador profissional na área da animação sócio-cultural. Tem uma página do Facebook, a Anim’Arte – Jogos e Técnicas de Animação para Idosos onde partilha tudo o que faz para apoiar outros profissionais que trabalhem em envelhecimento.
“Gosto muito do que faço e espero que este prémio me permita voar”, conclui.