“Quem vencer esta eleição deve ser o próximo candidato do PSD à Câmara de Paredes”. A frase é de Joaquim Neves, ex-vereador da autarquia e candidato à liderança da comissão política do PSD Paredes. As eleições internas do partido vão decorrer a 5 de Março e antevêem-se disputadas.
Joaquim Neves assume que, caso seja eleito, tem intenção de ser o próximo candidato à câmara, nas autárquicas de 2017, diz que tem um programa para o concelho e defende que o partido precisa de um “novo rumo”.
Programa já definido
Os resultados “magros” do PSD nas últimas eleições autárquicas foram um dos motivos para alguns militantes e simpatizantes do partido se juntarem para reflectir sobre o rumo a seguir. “Aquilo que podemos retirar das últimas eleições é que o povo exigiu que o PSD em Paredes tivesse um novo rumo”, defende Joaquim Neves. O ex-vereador sustenta que é preciso honrar o passado, mas sem esquecer o futuro e, por isso, está a trabalhar para a mobilização do partido e criação de uma equipa “dinâmica e com competências sólidas” já com as eleições de 2017 em vista. “Quem se apresentar como candidato à comissão política é um forte candidato à camara em 2017. Se vencer, a minha intenção é ser candidato à câmara”, assume.
Joaquim Neves adianta que a sua candidatura é baseada num programa para o futuro. “No próximo mandato municipal os três pilares de governação devem passar pela acção social, consolidação financeira e pela captação de investimento (onde se insere a diminuição de IMI) e criação de emprego”, explica.
O empresário garante que a sua lista está aberta a todos, sejam “militantes de renome ou não”. Questionado sobre os apoios à candidatura de Raquel Moreira da Silva – entre eles o presidente da Câmara Municipal, o presidente da Assembleia Municipal e o actual presidente da comissão política – diz que não discute nomes, mas projectos.
Recorde-se que a ex-vereadora Raquel Moreira da Silva também já se assumiu como candidata à comissão política do partido. Confrontado com o facto de haver mais candidaturas, Joaquim Neves afirma que isso mostra que o partido “está vivo” e “há militantes com ideias diferentes”.
Sobre se depois de ter abandonado os pelouros que tutelou na autarquia, em divergência com Celso Ferreira, será um nome capaz de unir o partido, Joaquim Neves diz que o facto de ter sido “um dos que teve coragem de dizer o que estava mal” e que aquele não era o caminho correcto não é igual a prejudicar o partido.