A criação de Portagens no troço da A4, em Ermesinde, deu-se com o Governo PSD de Cavaco Silva, nos anos 90, tendo o primeiro Governo PS de António Guterres abolido as mesmas em 1995, numa das suas primeiras decisões governamentais com base num critério de justiça pois com a supressão das Portagens Porto – Ermesinde uniformizava-se a prática de não haver cobrança de Portagens nos primeiros troços de autoestrada contíguos aos dois principais centros urbanos do país, Lisboa e Porto.
A histórica decisão do primeiro Governo PS de António Guterres de abolir as Portagens nos primeiros troços de autoestradas é da mais elementar lógica, pois doutra forma estaríamos a impedir que qualquer cidadão pudesse optar por uma alternativa a que deve em qualquer caso ter sempre acesso.
O Decreto-lei nº 330-A/95, de 16 de Dezembro, que aboliu as Portagens em 1995 é muito claro a esse respeito, e não é por acaso que decisões de introdução de Portagens são sempre matérias de decisão expressa dos Governos.
O que é inadmissível neste episódio lamentável, e em politica o que parece é, é que alguém do anterior Governo do PSD/CDS-PP com a colaboração da empresa pública Infraestruturas de Portugal preparou em surdina um estudo técnico com vista a preparar terreno para atirar o “barro à parede” da introdução de Portagens, mas como vieram as eleições e perceberam que tinha devastadores efeitos eleitorais decidiram esperar para depois das eleições.
Pela Portagem de Ermesinde passam mais de 77 mil veículos diariamente a que se somam mais de 60 mil na Portagem da Maia, volume extraordinário de trânsito, proveniente fundamentalmente dos Concelhos de Valongo, Maia e Gondomar, e que não possuem quaisquer alternativas para a mobilidade metropolitana de famílias e de empresas.
Não estamos em tempo de retrocessos de 20 anos para a população do nosso Concelho, e de Ermesinde, Alfena, Valongo, Sobrado e Campo em particular, pois estaríamos a reduzir a mobilidade e competitividade desta região com elevado custo adicional para famílias e empresas.
Perante tudo isto impõe-se que o PSD/Valongo e seu Deputado na Assembleia da Republica e Vice-presidente da bancada parlamentar expliquem à população do município porque não denunciaram o que o anterior Governo andou a planear nas costas da população do Concelho de Valongo.
Acreditamos que, tal como em 1995, será de novo um Governo do PS que vai tranquilizar as populações dos Concelhos de Valongo, de Gondomar e da Maia. A autarquia de Valongo, o seu Presidente e as forças vivas do Concelho tudo farão junto do Governo e das Infraestruturas de Portugal, para defender os legítimos interesses da Comunidade.