Quando decidimos fundar um jornal regional, tínhamos consciência de que só seria um projecto ganhador se fosse, de facto, diferenciar e radicalmente novo em relação àquilo que já existia no mercado. Foi esse mesmo espírito que nos levou, anos mais tarde, a optar por uma edição diária e totalmente online. E, por isso mesmo, em tempo de pandemia os nossos leitores não foram privados da informação que habitualmente recebem e consultam. Talvez por isso, o número de visitantes únicos tenha aumentado significativamente e os subscritores da newsletter semanal (depois da “limpeza” gerada pelo Regulamento Geral de Protecção de Dados) tenha ultrapassado os 43 mil assinantes.
Tal como há 13 anos, o nosso maior obstáculo continua a vir da parte de alguns políticos. Em Portugal há sempre a tentação de os agentes políticos fazerem depender o seu relacionamento com os órgãos de comunicação social da imagem que deles derem esses órgãos no momento. Isto é, não interessam projectos ou as pessoas que os sustentam; o que interessa é que não haja notícias que desagradem a quem detém o poder, mesmo que sejam análises críticas que apenas reflictam as interrogações dos próprios eleitores.
Aproxima-se mais um final dos mandatos autárquicos e a consequente campanha eleitoral para as próximas eleições. Asseguro-vos de que não nos impedirão de servir a comunidade, pondo em causa quer os poderes, quer as oposições, de modo que sirvam as populações que justificam a sua actividade. Saberemos distinguir entre o que não foi possível cumprir devido ao excepcional estado de pandemia e o que não foi cumprido por vontade própria. Por isso, para cumprirmos a nossa obrigação de informar trataremos de saber e informar se eles cumprem as deles.
Neste dia orgulho-me da vitória de, em 13 anos de existência, nunca termos publicado uma única notícia que viesse a ser desmentida por quem quer que fosse. E assim continuaremos a informar: certo. Sempre! Continuaremos a ser um órgão de comunicação confiável.