Em tempos de pandemia Mundial, é indubitável que é necessário apoiar todos aqueles que se encontram mais frágeis e desprotegidos. É imperativo dar resposta a esses problemas que estão a surgir e decorrem do choque brutal que a pandemia está a causar e mais ainda vai impactar negativamente na economia e na sociedade. É uma batalha que está longe a estar circunscrita aos infetados ou a um grupo circunscrito de pessoas… Assim que as moratórias no crédito, as medidas relativas ao arrendamento, a tesouraria das empresas faltar, aí, os resultados serão visíveis. O OE deve, sempre, estar atento às reais necessidades dos Portugueses e definir o rumo que queremos traçar para Portugal.
Mas, ao mesmo tempo, o OE não pode sacrificar sempre os mesmos. Em Portugal, os contribuintes parecem sempre ser menos do que aqueles que beneficiam das políticas sociais. Mais: a carga fiscal começa a ser de tal forma elevada que a única forma de a controlar é mesmo uma Administração Fiscal das mais avançadas da Europa. A maioria das pessoas sente que trabalha sem ver o fruto do seu trabalho; e a falta de motivação gera crispação, desmotivação e menos contribuinte para suportar as despesas do Estado e a enorme Dívida Pública.
É importante e fundamental que o PS não vire tanto à esquerda ao ponto de perder o seu eleitorado do centro. É que, na senda que vamos vendo, é bem provável que esse eleitorado exerça um voto de protesto que pode ser corrosivo para o País e levar-nos a cair numa toada liberal que nos levaria para longe do Estado Social e para uma autoestrada nacionalista e populista. Se estamos reféns do BE ou do PCP, estamos mal; Se é preciso uma crise política para deixarmos de estar, é preferível!