O Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) vai aumentar em 2018 em Valongo. Até agora com uma taxa de 0,355% este imposto vai passar para os 0,409%. A mexida foi aprovada, esta quinta-feira, em reunião de executivo, com os votos contra do PSD.
O presidente da Câmara Municipal de Valongo sustentou que o aumento médio para as famílias será de cerca de 40 euros e coloca o concelho na média da Área Metropolitana do Porto, que é ter um imposto de 0,4%. “Com este aumento o concelho ganha mais capacidade para devolver às famílias com investimentos em parques infantis, em melhores, ruas, em mais apoio social e obras nas escolas”, defendeu o autarca.
Além disso, lembrou que se mantêm os apoios às famílias com filhos, com descontos de 20 para quem tem um filho, 40 euros para quem tem dois e 70 euros para famílias com três ou mais filhos.
A proposta do PS conta ainda com uma majoração de 30% na taxa aplicável a prédios urbanos degradados; o pagamento do triplo do valor nos casos de prédios urbanos que se encontrem devolutos há mais de um ano e de prédios em ruinas; e ainda a majoração pelo dobro da taxa aplicável aos prédios rústicos com áreas florestais que se encontrem em situação de abandono.
A oposição criticou este aumento de cerca de 15% e lembrou que vários concelhos à volta praticam taxas inferiores e até a mínima, como é o caso de Lousada. Fez, por isso, uma contra-proposta de manter a taxa no valor de 2017, que foi recusada.
Dando o exemplo de um prédio com valor patrimonial de 100.000 euros, a vereadora Rosa Maria Rocha afirmou que com a taxa anterior, introduzida há quatro anos, José Manuel Ribeiro reduziu o valor a pagar em cinco euros, enquanto agora o aumento será de 54 euros.
Nesta reunião de executivo foi ainda aprovada a manutenção da taxa de participação variável no IRS cobrada pelo município em 5%, o valor máximo, e a aplicação da taxa máxima da derrama, 1,5%. Em ambos os casos, o PSD votou contra pelos mesmos motivos. No caso da derrama, os eleitos propuseram uma taxa mais baixa, de 0,75%, para as empresas que não ultrapassem o volume de negócios de 150 mil euros, que foi rejeitada.
Valongo continua a ser um dos concelhos da AMP com menor carga fiscal, diz presidente da Câmara
No final da discussão, José Manuel Ribeiro afirmou que a média de impostos cobrados, em 2016, na Área Metropolitana do Porto foi de 670 euros per capita.
“Valongo tinha o valor mais baixo da região Norte, de 373 euros per capita”, afirmou. “E mesmo com esta mexida vamos ser um dos concelhos com menor carga fiscal”, acrescentou o autarca.
“Sem ovos não se fazem omoletas. Para termos capacidade e devolver qualidade de vida às famílias precisamos de receitas”, defendeu.
O presidente da Câmara de Valongo sustentou ainda que, em 2016, em média, cerca de 14% dos orçamentos municipais das autarquias da AMP foi para obras/investimentos de capital, enquanto em Valongo apenas 7,3% do orçamento teve esse fim. “Temos que nos aproximar dos outros concelhos”, disse.