O Ministério do Ambiente e Energia, através do Fundo Ambiental, protocolou com 23 Comunidades Intermunicipais (CIM) e Áreas Metropolitanas, um financiamento de 27 milhões de euros para o apoio à implementação de projetos de recolha seletiva de biorresíduos. A Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa foi uma das contempladas.
Inserido no Programa RecolhaBio, o investimento tem como objetivo “financiar projetos e iniciativas que incidam no aumento da capacidade dos municípios, para se promover a recolha seletiva e a reciclagem de biorresíduos na origem, incluindo a sensibilização da comunidade para práticas mais conscientes”, revela um comunicado do Governo, enviado ao VERDADEIRO OLHAR.
Este investimento para 2024 “é o valor mais elevado desde que o projeto foi lançado e representa mais do dobro dos 13 milhões de euros atribuídos em 2023”, sendo que também o número de municípios que faz a recolha seletiva de biorresíduos “tem vindo a aumentar, estando agora nos 60% – número que, apesar dos esforços, ainda não é suficiente para o cumprimento das metas comunitárias de Preparação para Reutilização e Reciclagem (PRR)”, lê-se na mesma nota.
“O Governo está a trabalhar, em estreita colaboração com os municípios, comunidades intermunicipais e outros parceiros, para promover a economia circular e reduzir o impacto ambiental dos resíduos. Com estes protocolos estamos a dar passos importantes para uma gestão mais eficiente e responsável dos nossos resíduos, incentivando as autarquias, enquanto nos aproximamos das metas europeias”, refere Maria da Graça Carvalho, ministra do Ambiente e Energia.
Para além da CIM do Tâmega e Sousa estão ainda contempladas a Área Metropolitana do Porto, assim como as CIM´s do Alto Minho, do Cávado, do Ave, do Alto Tâmega, do Douro, das Terras de Trás os-Montes, do Oeste, das regiões de Aveiro, Coimbra, Leiria, Viseu Dão Lafões, da Beira Baixa, do Médio Tejo, das Beiras e Serra da Estrela. Também a Área Metropolitana de Lisboa e as CIM’s do Alentejo Litoral, do Baixo Alentejo, da Lezíria do Tejo, do Alto Alentejo, do Alentejo Central e do Algarve.
Infraestruturação de pontos de recolha e aquisição de sacos óticos, compostagem comunitária e doméstica são alguns dos projetos incluídos
Entre as iniciativas financiadas destacam-se projetos de recolha seletiva, como a infraestruturação de pontos de recolha e aquisição de sacos óticos; de compostagem comunitária e doméstica; de monitorização e tecnologias de informação; e de capacitação e sensibilização, onde se incluem iniciativas de educação ambiental para promover a correta separação de resíduos e utilização dos compostos resultantes.
“Esperamos, com este investimento, permitir aos municípios equiparem as suas infraestruturas, sensibilizarem os cidadãos e promoverem a compostagem, contribuindo para a criação de um círculo virtuoso de gestão de resíduos”, conclui a ministra.