No âmbito da campanha solidária organizada pela Junta de Freguesia de Boelhe, com a ajuda do Padre Rui Alves, filho da terra, foi entregue, este fim-de-semana, um donativo de 14.789,22 euros ao Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa.
Recorde-se que a meta da angariação de donativos era ajudar o Hospital de Penafiel a adquirir um ventilador para fazer face à pandemia COVID-19.
“Um gesto de toda a comunidade”, descreveu Artur Teixeira. “Em oito dias conseguimos este valor. Toda a comunidade participou. Agradeço do coração a todos os que participaram”, disse o presidente da Junta na entrega do donativo ao presidente do CHTS, Carlos Alberto.
“Tínhamos prometido oferecer um ventilador ao Hospital Padre Américo, que é o nosso hospital, para ajudar nos cuidados intensivos, a quem está entre a vida e a morte. Demos o corpo ao manifesto e temos aqui o fruto. Vamos ter um livro de honra que será público com todos os nomes dos que contribuíram para que haja transparência”, referiu.
Pediu ao conselho de administração para adquirir os equipamentos que forem necessários para os cuidados intensivos e dar nota disso para que toda a população saiba onde foi investido esse dinheiro.
Carlos Alberto, ao receber o donativo, lembrou que o “inimigo invisível”, a COVID-19, é um desafio muito grande para os hospitais, sobretudo para o CHTS que é um dos maiores hospitais do país e não tem os meios de outros centros hospitalares. “O facto de não termos ainda um equipamento de ressonância magnética num hospital destes” é demonstrativo disso, referiu, dizendo acreditar que o problema será entretanto resolvido pela tutela.
“Temos feito um trabalho tremendo nas últimas semanas, um bocado invisível, nas últimas semanas o hospital virou todo do avesso”, admitiu. “Os profissionais tiveram de se transformar, mas fomos capazes de os fazer, apesar das dificuldades”, realçou.
Carlos Alberto adiantou ainda números relativos ao apoio a doentes vítimas desta pandemia. “Tínhamos esta manhã (sábado) 67 doentes internados com COVID-19. Seis dos quais em cuidados intensivos. Mas temos tido um panorama semelhante ao do país, com relativo sucesso”, referiu.
Elogiando as várias “demonstrações da sociedade civil notáveis”, o presidente do conselho de administração do CHTS lembrou que têm recebido vários donativos e uma onda de solidariedade. E garantiu que haverá total transparência. “Tem havido uma tremenda dificuldade em comprar, as coisas não estão disponíveis. Há monitores que nos dão prazo de entrega para Outubro. Se não for um ventilador será um equipamento diferente, o que chegar mais rápido ao hospital para cumprir a função para que este dinheiro foi angariado”, prometeu.