Uma rede com 27 arguidos, acusada de contrabando de tabaco, vindo de Espanha, e vendido em quiosques, cafés, restaurantes e frutarias do norte, causando um prejuízo ao Estado de 2,1 milhões de euros, começou a ser julgada no Tribunal do Porto.
Em causa estão crimes de contrabando qualificado ou introdução fraudulenta no consumo, havendo seis gestores de três empresas, também acusados de associação criminosa, revela o JN.
Os arguidos, revendedores de tabaco contrabandeado são de Paços de Ferreira e Freamunde, Lousada, Penafiel, Valongo, Guimarães, Vizela, Braga, Felgueiras, Rio Tinto, Matosinhos, Porto, Vila Nova de Gaia e Campo Maior.
Os alegados cabecilhas da rede são naturais de Guimarães, Sevilha e Ourense, em Espanha.
Segundo o JN, a acusação refere que, de 20156 a 2018, os dois principias arguidos introduziam, transportavam, armazenavam e vendiam o tabaco em Portugal, sem a qualidade de entreposto fiscal.
Um dos arguidos operava a partir do sul de Espanha e outro no norte daquele país. O terceiro compraria o tabaco aos dois espanhóis, vendendo-o a clientes portugueses que o redistribuíam, estando, entre elas, três empresas com tabacarias e uma padaria, que entregava o pão e, ao mesmo tempo, fornecia tabaco a alguns estabelecimentos.
O MInistério Público pede o arresto de todas as contas bancárias dos arguidos, para garantir a perda a favor do Estado, das vantagens obtidas, conclui o diário.