Vítor Parati Ribeiro, candidato do PAN nas últimas autárquicas em Valongo, foi à última reunião de executivo criticar o abate de mais de 20 árvores no terreno onde vai nascer a Casa da Democracia Local, onde vai estar instalada a nova câmara municipal.
O presidente da autarquia, José Manuel Ribeiro, reconheceu que foram abatidas 25 árvores, mas salientou que naquele espaço serão plantadas 134. “Porque acreditamos que são importantes, vamos ter lá cinco vezes mais árvores que o lá tínhamos”, explicou.
“Fiquei muito indignado com o abate de mais de 20 árvores onde vai ser construída a futura câmara. As árvores podiam manter-se”, começou por defender Vítor Parati Ribeiro. De seguida, lembrou que “uma árvore adulta consegue absorver num ano aproximadamente 22 quilos de gás carbónico e produzir oxigénio suficiente para a respiração de duas pessoas por dia”. Além disso, referiu, as “zonas urbanas arborizadas têm 60% menos de partículas de poluição” e a sombra das árvores refresca. “Numa altura que se fala tanto de alterações climáticas o que se fez ali foi muito grave”, argumentou.
Criticou ainda a construção da Escadaria Cuca Macuca. “Foram retiradas árvores que, desde 2011, foram plantadas por voluntários. Árvores pequenas e já enraizadas que foram arrancadas e destruídas”, apontou.
José Manuel Ribeiro referiu, na resposta, que a Escadaria Cuca Macuca é um projecto apoiado pelo Fundo Ambiental e tem “uma intervenção mínima em termos de impacto de árvores”. “Devia referir, como cidadão atento e candidato do PAN, que Valongo é o concelho que mais árvores plantou. Temos um saldo muito positivo”, sustentou o edil.
Já no terreno onde vai ser construída a nova Câmara, foram cortadas 25 árvores, “desajustadas e que criavam conflitos porque largavam resinas e estragavam carros”, mas vão ser plantadas “134”, cinco vezes mais, afirmou.