Depois de o candidato à Câmara de Valongo dos Unidos por Todos, que junta PSD e Mais – Movimento de Cidadania Independente, ter afirmado, no sábado, que um dos objectivos da sua candidatura é fechar o aterro em Sobrado, que é uma das “maiores chagas” do concelho e de ter criticado o actual presidente da Câmara, José Manuel Ribeiro, por não ter invalidado a licença urbanística quando teve essa oportunidade, em 2017, o PS Valongo emitiu um comunicado em que acusa o PSD de ter trazido o aterro, “às escondidas” para o concelho.
“O PS Valongo lamenta a falta de memória, e de respeito pela população de Valongo e em particular pelos sobradenses, por parte do PSD Valongo, que depois de quatro anos de um longo sono despertou agora, devido às eleições, com uma perigosa amnésia”, sustenta a comissão política dos socialistas de Valongo.
“O PSD Valongo não tem a humildade de pedir desculpa à população por ter trazido o aterro, às escondidas, para Sobrado em 2007! Foi o PSD, quando governava a Câmara de Valongo, que autorizou a licença urbanística para a construção do aterro, num processo conduzido totalmente às escondidas da população de Sobrado, e por isso estiveram calados durante todos estes anos. É de lamentar que o PSD Valongo se lembre agora do Aterro de Sobrado, depois de vários anos de luta e em véspera de eleições autárquicas”, critica o PS Valongo, liderado por Ivo Vales Neves.
“A falta de respeito pelas pessoas de Sobrado, que sofrem com essa malfadada decisão do PSD Valongo, e que agora assistem a uma utilização sem vergonha do aterro, apenas e só preocupados com a caça ao voto! O PSD Valongo acordou agora, quando tiveram a oportunidade de impedir a sua construção e não o fizeram”, acrescenta a mesma fonte.
Os socialistas fazem ainda a defesa do autarca que lidera o município. “Se não fosse a acção do actual presidente da Câmara do PS, José Manuel Ribeiro, e da população de Sobrado, o aterro continuaria esquecido e a população de Sobrado continuaria a sofrer as consequências deste terrível flagelo que estamos, por todos os meios, determinados a encerrar”, referem no documento enviado.
A comissão política alega ainda que estas declarações do candidato visam “disfarçar e desviar as atenções da decisão que (o PSD) tomou em 2013 de acabar com a freguesia de Sobrado”.