Ao todo, 25 concorrentes participaram, esta tarde, na tradicional Feira do Cavalo, uma iniciativa da Câmara de Lousada em colaboração com Gonçalo Ferreira, fundador da feira e um apaixonado por cavalos.
A feira cavalar contou com mais de 90 cavalos, tendo participado no passeio matinal uma média de 50 animais.
Gonçalo Ferreira, fundador da Feira do Cavalo, realçou que a Feira é já uma tradição no concelho, atrai cada vez mais aficionados e contribui para o desenvolvimento económico do território.
“Este ano, ao contrário do que sucedeu no ano passado, em que choveu bastante, a adesão do público aumentou significativamente e, esta tarde, nos dois concursos, contamos com 25 cavaleiros a competir”, disse, realçando estar optimista que com a construção de um novo espaço a actividade venha a conhecer uma nova visibilidade e maior notoriedade.
“Estamos em conversações com a Câmara de Lousada que está a fazer um esforço no sentido de nos facultar um outro espaço que não este, de forma a que possamos albergar mais participantes, acomodar devidamente o público e os participantes e dar mais visibilidade aos concursos”, expressou, assumindo que o actual espaço, junto à Copagri é demasiado exíguo.
“Temos já vários campeões nacionais no concelho, temos jóqueis a montar em França, Espanha, no Dubai e em Inglaterra”, acrescentou, assumindo que Lousada começa, também, a ter criadores de produção de Lusitanos.
“Há 10 anos havia apenas um criador e neste momento temos 25 a 30 criadores, proprietários, duas a três provas ao longo do ano”, avançou, sustentando que esta é uma actividade que exige muito investimento, mas que compensa e traz dividendos a quem a pratica.
“O custo maior é comprar o cavalo e os acessórios. Não estamos a falar de cavalos de alta competição”, retorquiu.
Ao Verdadeiro Olhar, a vereadora da Agricultura, Cristina Moreira, realçou que tanto a Feira do Cavalo como as Oitavas são já marcas e referências do concelho.
“Estamos a falar de dois eventos que são já uma marca do município, realizam-se logo a seguir ao Natal e atraem milhares de pessoas à vila. Os concursos são de facto um atractivo para as pessoas ligadas ao cavalo que tem em Lousada muitas tradições”, disse, realçando que esta actividade após um período menos positivo começa a querer expandir-se.
“Temos alguns picadeiros, dois centros hípicos, mas há muita gente que tem cavalos em casa. Temos também campeões na alta escola e em saltos que são, também, uma referência para o concelho”, expressou, sustentando que o cavalo representa uma pequena economia e tem já um peso económico junto de alguns agregados familiares.
“Há pessoas que não tinham tradição no cavalo e estão a retomar essa tradição”
O presidente da Cooperativa de Lousada, Francisco Meireles, reconhece que a feira do cavalo é um evento que agrega muitos aficionados, sendo demostrativo da vitalidade do sector.
“O cavalo tem aumentando no concelho, há cada vez mais aficionados. Há pessoas que não tinham tradição no cavalo e estão a retomar essa tradição”, concretizou.
O presidente da Junta de Freguesia da União de Freguesias de Silvares, Pias, Nogueira e Alvarenga, Fausto Oliveira, declarou que a tradição do cavalo tem dado contributos positivos para a economia local, apesar da sua criação implicar um investimento significativo.
“O cavalo em Lousada tem muitos aficionados. É uma tradição que se deve manter, apesar da sua criação ter um custo significativo. Nos tempos de crise, algumas pessoas tiveram mesmo de os vender, mas, agora, felizmente existem sinais que apontam para a retoma desta prática”.
“Foi a primeira vez que competi, não esperava vencer, mas obviamente estou satisfeito e vou continuar a evoluir nesta actividade”, acrescentou, declarando ser um apaixonado por cavalos.
“Há sete anos que participo no concurso e normalmente sou premiado. Este ano voltei a vencer o que é, também, um reconhecimento pelo trabalho realizado e pela contributo que tenho dado a esta actividade”, adiantou, afirmando que divide o trabalho de funcionário fabril com a paixão pelos cavalos.