Várias organizações não-governamentais e cientistas – incluindo a Global Witness, a Greenpeace, a Rainforest Foundation UK, a OCEAN RDC e a Brainforest Gabão pedem à França para acabar com o seu apoio à extração industrial de madeira na Bacia do Congo, reconhecendo que quase 12% das emissões de gases com efeito de estufa provêm da destruição da floresta.
Um relatório da Global Witness em 2015 mostrou que a FDA tinha apoiado as empresas madeireiras que violaram salvaguardas ambientais e sociais e ajudaram a financiar o conflito sangrento da República Centro-Africana por lidarem com grupos armados acusados de assassinato em massa. Em 2014 uma auditoria financiada pela União Europeia mostrou que nenhuma empresa madeireira a operar nos Camarões poderá ser considerada legal. Na República Democrática do Congo, 90% dos impostos florestais não conseguiram chegar aos cofres públicos em 2012 devido à evasão fiscal por empresas madeireiras.
A FDA – Agência Francesa de Desenvolvimento, justifica as suas doações e empréstimos a empresas madeireiras em grande escala, alegando que eles são usados para o suporte técnico para ajudar a minimizar o impacte ambiental da exploração madeireira e para o desenvolvimento económico dos países rico em florestas, mas pobres em termos financeiros.
No entanto, é inadmissível afirmar que a exploração da floresta tropical pode ser respeitadora do ambiente. Qualquer árvore que é derrubada arrasta outras oito consigo. Uma vez cortada, a floresta primária leva entre seis e oito séculos para recuperar. É urgente que o governo Francês se comprometa a desinvestir na exploração madeireira industrial, um negócio que está em desacordo absoluto com um clima saudável e um futuro sustentável.