“Falar de direitos humanos na Idade Média e, especialmente, na época românica não é fácil atendendo aos condicionalismos de então, como o teocentrismo (Deus centro do Mundo, logo o fundamento de toda a ordem), a rigidez da estrutura social e as relações de servidão existentes (feudalismo). Há quem considere que este foi um tempo em que tivemos um ‘eclipse’ na prática de cidadania. Contudo, existiram momentos de humanismo, de liberdade, de comunhão entre povos aparentemente desavindos, e que hoje em dia somos herdeiros”, refere a Rota do Românico.
A mostra é organizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Justiça, no âmbito das comemorações, sob o lema “Livres e Iguais”, dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) e dos 40 anos da adesão de Portugal à Convenção Europeia dos Direitos Humanos (CEDH).
Entre os diversos documentos expostos, destacam-se a carta de ratificação da adesão de Portugal à CEDH, assinada pelo Presidente da República, António Ramalho Eanes, em 9 de Novembro de 1978, bem como discursos e fotografias do então Ministro dos Negócios Estrangeiros, José Medeiros Ferreira, relacionados com a adesão do nosso País à CEDH, a par de obras e testemunhos sobre a defesa e divulgação em Portugal dos Direitos Humanos pela Liga Portuguesa dos Direitos Humanos e pela Ordem dos Advogados.
A organização da exposição “Direitos Humanos para Todos e em Toda a Parte” conta com o apoio do Tribunal Judicial da Comarca do Porto Este, da Câmara Municipal de Lousada e da Rota do Românico.
A mostra pode ser visitada de terça-feira a domingo, entre as 10 e as 18 horas.