As exportações de bens do Norte aumentaram 5,5% no 4.º trimestre de 2021 face ao mesmo período do ano anterior. Trata-se de um crescimento abaixo do registado no país, onde as exportações aumentaram 13,6%, explica o Relatório Norte Conjuntura, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).
O documento adianta que as exportações de bens evoluíram “de forma assimétrica” nas diferentes sub-regiões do Norte, “em resultado da especialização internacional de cada uma”.
O Tâmega e Sousa é uma das sub-regiões com melhores resultados, com um crescimento superior a 20%.
“Os crescimentos mais acentuados das exportações, em termos homólogos, ocorreram nas sub-regiões do Tâmega e Sousa (+20,2%) e do Ave (17,4%). Estas duas sub-regiões são abertas ao exterior e fortemente especializadas em indústrias tradicionais (vestuário, têxteis e calçado)”, conclui o relatório. Já as “evoluções mais moderadas das exportações” ocorreram “em territórios mais diversificados do ponto de vista económico”, caso da Área Metropolitana do Porto, que registou um aumento de 6,3%.
Ainda que não faça uma análise concelho a concelho, a CCDR-N avança que “considerando-se os concelhos com maior presença no comércio internacional, os crescimentos mais acentuados das exportações de bens, em termos homólogos, no 4.º trimestre de 2021 ocorreram em Felgueiras (+25,5%), Barcelos (+24,1%), Santo Tirso (+23,2%), Gondomar (+20,0%) e Guimarães (+18,9%), enquanto as reduções mais acentuadas foram observadas em Bragança (-29,9%), São João da Madeira (-21,3%), Vila Nova de Cerveira (-18,5%), e Braga (-17,1%)”.
Ainda segundo o documento houve “outros concelhos importantes para o equilíbrio territorial das sub-regiões” que observaram um crescimento das exportações de bens neste período, onde se insere Paços de Ferreira, com 14,8%.
No Tâmega e Sousa foram exportados, em 2021, 1.691 milhões de euros de bens.