A COP 21 em Paris precisa de se traduzir numa aproximação, onde todos os governos concordem que é preciso mudar e mudar depressa; que a transformação precisa de ser justa e que, nesse processo, a prioridade são as necessidades dos mais vulneráveis.
O objetivo não será sobre assegurar mais instituições globais ou que o tão esperado acordo global vá resolver o problema de imediato. A COP 21 será, sim, sobre conseguir que o quadro institucional global existente seja eficaz; garantir que as lacunas institucionais globais, até agora sem solução, sejam resolvidas; garantir que os compromissos já assumidos pelos governos não se limitem a ser cumpridos, mas sim revistos com maior nível de ambição.
Trata-se de criar o enquadramento global adequado para a agenda de mudança climática que está a ser exigida um pouco por todo o mundo. O resultado da COP 21 não pode deixar dúvidas aos cidadãos, empresas, cidades, governos e outras partes interessadas, de que o mundo precisa de uma transformação e que o ‘Pacote de Paris’ permite essa transformação.
A COP 21 é o culminar de vários anos de negociações que começaram na COP 17, em Durban, com a criação da Plataforma de Durban, que apresenta um mandato claro para a adoção de um novo acordo climático em Paris.
A Rede de Ação Climática (CAN, na sigla em inglês) acredita que o resultado de Paris deve ser um trampolim para a transformação sustentada que a crise climática exige. No seu documento político, cujo resumo aqui se apresenta, a CAN expõe a sua visão sobre essa transformação necessária e em que medida a COP 21 deve contribuir na transição para a mesma. Aproveitando a experiência de mais de 950 organizações que integram a CAN, o documento apresenta várias opções, as quais, se aplicadas, permitirão construir uma estrutura global muito mais eficaz do que a que existe hoje.
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