O ex-presidente da Câmara Municipal de Paredes, Celso Ferreira, e o ex-vereador da Educação, Pedro Mendes, foram constituídos arguidos num processo que investiga irregularidades com a construção dos centros escolares no concelho. Ambos confirmam estar indiciados do crime de prevaricação, mas dizem-se “tranquilos” porque acreditam não ter cometido quaisquer ilegalidades.
A Câmara Municipal de Paredes confirma ter sido alvo de buscas da Polícia Judiciária, na semana passada, ligadas a este processo.
O novo executivo na Câmara de Paredes acabaria por remeter também para a análise do MP um relatório com desconformidades detectadas e apuradas da comparação dos trabalhos previstos nos cadernos de encargo dos 14 centros escolares construídos no concelho face aos trabalhos efectivamente realizados. “Perante as irregularidades detectadas o executivo em funções na Câmara Municipal de Paredes vai colocar-se à disposição do Ministério Público, para no âmbito do processo-crime do Organismo Europeu de Luta Anti-fraude que descobriu indícios de fraude com fundos da União Europeia atribuídos à Câmara de Paredes para a construção de escolas, constituir-se assistente nesse processo”, adiantava a autarquia. Dava como exemplos casos em que foram pagas obras que não foram feitas nos centros escolares do concelho e outros em que foram substituídos os materiais previstos no projecto por outros de qualidade inferior.