Jorge Costa foi reconduzido na presidência da direcção do Ermesinde Sport Clube 1936, tendo a sua lista, a única apresentada, sido aprovada por maioria na Assembleia Geral. A incerteza de um espaço para a prática do futebol em Ermesinde foi uma constante no mandato que termina e que se mantém no arranque do novo triénio. Há, no entanto, uma novidade que deixa a direcção mais descansada: a Imosá, proprietária do Estádio de Sonhos, desistiu em tribunal do pedido de indemnização. Mas o risco de saída mantém-se iminente.
O presidente da direcção do ESC 1936 aproveitou a Assembleia Geral para pôr os sócios ao corrente das novidades em torno do Estádio dos Sonhos, uma vez que em Abril passado, como publicado, em audiência de julgamento do processo de reivindicação da propriedade do campo de Sonhos, o juiz decretou a Imosá legítima proprietária do equipamento, tendo na altura marcado para Outubro nova audiência para fixar o valor da indemnização a pagar. De referir que eram pedidos 6 mil euros mensais a contar desde a data da citação do processo. Faria agora um ano. Com uma soma que seria incomportável para o clube, a direcção, frisou Jorge Costa, ponderou entregar a chave no dia da Assembleia Geral. No entanto, e para surpresa da direcção do clube, o ESC 1936 foi informado pelo seu advogado que os causidicos da Imosá haviam requerido a suspensão do pedido de indemnização, tendo o juiz despachado favoravelmente.
“Há o risco de a qualquer momento haver a execução da sentença e não podermos voltar a entrar no Estádio de Sonhos”
“Deixa-nos contentes mas não na totalidade”, disse Jorge Costa à cerca de quatro dezenas de sócios que participaram na Assembleia Geral, frisando: “continuamos com o problema do estádio”. Assim que a sentença da propriedade do Estádio dos Sonhos transite em julgado, “há o risco de a qualquer momento haver a execução da sentença e não podermos voltar a entrar no Estádio de Sonhos”. Jorge Costa espera que, entretanto, a Câmara Municipal de Valongo possa concretizar o pedido de expropriação iniciado há mais de 9 meses. Caso tal não aconteça atempadamente, o ESC 1936 não tem outra alternativa se não “entregar a chave e solicitar à Câmara de Valongo um espaço para a competição da equipa sénior”. Jorge Costa quer “manter o barco no bom caminho”, apesar dos “obstáculos” com que o clube se tem deparado. Com novos elementos na direcção que conta com 17 pessoas, Jorge Costa mantém nos corpos gerentes Rui Almeida, como presidente da Assembleia Geral, e Hugo Bessa no Conselho Fiscal.