Equipa de Trail de Paredes quer ser bicampeã em prova na Serra da Estrela

Trail Team Bifase é o nome da equipa de Trail Running formada em Paredes e que luta pela renovação do título de campeã, este sábado, na Estrela Grande Trail, uma prova nacional de ultra trail na Serra da Estrela.

Bruno Coelho, Leonel Cunha, Nuno Silva e Tiago Godinho são quatro atletas da equipa Trail Team Bifase que competem na prova, composta por 49 quilómetros que contam para o campeonato nacional, segundo explica o responsável pelo grupo, José Sá.

A equipa nasceu há sete anos, mais num âmbito amador, na região de Paredes, através de José Sá, que costumava partilhar o gosto por correr com os amigos. Começou com dois membros, aos quais se foram juntando mais amigos e conhecidos, entre eles, Leonel Cunha, de Penafiel, e Bruno Coelho, de Paredes. Todos eles vêem o trail como um hobby que levam a sério.

“Já praticava algumas modalidades, fazia triatlo e provas de corrida de estrada e um convite despertou-me o interesse e decidi inscrever-me numa prova”, conta Bruno, que é guarda prisional e começou a praticar a modalidade em 2013. “Neste momento, como estou num nível mais exigente comigo mesmo, obriga-me a treinar todos os dias”, explica, referindo que já participou em campeonatos internacionais.

O “bichinho” do trail surgiu em Leonel da mesma forma, há sete anos, e, a partir daí, foi “sempre a somar quilómetros”, brinca. É serralheiro e, quando sai do trabalho e os dias são mais longos, tenta “sempre fazer alguns quilómetros”. Está na equipa há cinco anos, por convite de José Sá. “Não hesitei, achei que era um projecto ambicioso, então, aceitei logo, mal ele me propôs”, revela.

A equipa Trail Team Bifase é formada por 12 atletas, nove seniores e três mais jovens, entre os 15 e os 18 anos, e estão ligados à associação juvenil Parjovem. “O tempo foi passando e a própria modalidade foi sendo mais exigente, acabámos por também achar que tínhamos de ser mais exigentes connosco e com eles, então, tínhamos de reformular”, explica José Sá, referindo que a equipa tornou-se mais profissional há aproximadamente cinco anos e que os apoios que têm conseguido obter têm sido determinantes.

Após deixar de praticar futebol de 11, Nuno Silva começou a descobrir o trail como outro desporto para poder “manter a forma”. É engenheiro mecânico e conta que costuma treinar “quase todos os dias, excepto à sexta-feira”, em Pombal. Ao fim-de-semana, faz treinos mais longos e há alturas em que pratica duas vezes no mesmo dia. Entrou para a equipa há aproximadamente três anos.

Tiago Godinho é um dos membros mais recentes da equipa. É de Torres Novas, mas mora em Lisboa, e entrou na Trail Team Bifase este ano. Aos 18 anos, ingressou na academia militar e, mais tarde, começou a sentir necessidade de praticar algum desporto. Acabou por se juntar ao pai, que pratica esta modalidade desde que Tiago se lembra.

“Os treinos são muito individuais e eu faço o que posso. Ao fim de semana, quando venho a Torres Novas, acabo por praticar aqui na terra com um grupo de amigos”, conta.

Objectivo é vencer, mas sempre com os pés na terra

Este ano, são quatro provas de referência na modalidade que Portugal recebe. A UTM Endurance Marão, que aconteceu em Março, esta prova na Serra da Estrela – Estrela Grande Trail -, o Grande Trail da Serra D’ Arga, de 20 a 22 de Setembro, e ainda o Campeonato do Mundo de Trail, em Junho.

A prova deste sábado e domingo, decorre no Parque Natural da Serra da Estrela, a partir das 6h00.

A equipa venceu por dois anos consecutivos a prova na Serra do Marão, de endurance (acima dos 100 quilómetros), e espera também ser bicampeã nesta de ultra trail.

“A nossa equipa, em todas as provas que participa, é sempre para vencer, por isso, vamos com confiança, mas também com o dever de dar o nosso melhor. Sabemos que a tarefa não vai ser fácil”, refere Leonel.

“Temos de ver que os outros também treinam, também têm apoios, embora seja de uma maneira diferente porque aqui concentramos todos os que temos para o atleta. Estamos com expectativas de poder revalidar o título, sabendo que as outras equipas também estão mais fortes e competitivas. E não depende só da nossa vontade, depende de como o corpo responder”, sublinha José Sá.