Verdadeiro Olhar

Equipa de Intervenção Permanente dos Bombeiros de Paredes já está em funções

Cinco elementos dos Bombeiros Voluntários de Paredes estão, a partir de hoje, integrados numa Equipa de Intervenção Permanente (EIP). Estas equipas têm como missão assegurar serviços de combate aos incêndios rurais e de socorro à população local em caso de incêndios urbanos ou industriais, inundações, desabamentos, abalroamentos e em todos os acidentes ou catástrofes.

Esta é a primeira EIP constituída em Paredes. Até agora, na região, só existiam três EIP, nas corporações de Freamunde, Paços de Ferreira e Valongo. Estão ainda em processo de criação outras duas, fruto de protocolos entre a Autoridade Nacional de Protecção Civil, as Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários e as Câmaras Municipais, assinados em Maio. Nos Bombeiros de Baltar, deve demorar cerca de dois meses a entrar em funções, adianta o comandante Delfim Cruz, e nos Bombeiros de Lousada a equipa deve sair para o terreno a 1 de Setembro, refere o presidente da corporação Antero Correia.

A assinatura destes protocolos permitiu a criação de 79 novas EIP a nível nacional.

“Queremos continuar a estar na linha da frente em todas as acções que visem a protecção e o socorro da população”

O comando dos Bombeiros de Paredes acredita que com esta equipa será possível servir ainda melhor a população.

Este objectivo, confessa José Morais, comandante da corporação, era antigo. “O socorro não se compadece com o toque da sirene. Tem que existir pessoal no quartel par acorrer a qualquer situação que possa existir”, defende. Este vínculo profissional permite maior capacitação e formação aos elementos.

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“Queremos continuar a estar na linha da frente em todas as acções que visem a protecção e o socorro da população. Este é um momento histórico para uma corporação com 134 anos. Estes são os primeiros cinco bombeiros profissionais que a casa tem”, salienta, argumentando que o futuro dos bombeiros deve passar por um modelo misto que junte voluntários e profissionais.

O objectivo é sempre o mesmo: mais eficiência no socorro. José Morais apresentou esta equipa, chefiada por Vítor Martins, adjunto de comando, como “jovem, mas experiente, e ambiciosa”.

A equipa estará ao serviço da corporação todo o ano e o comandante elogiou o trabalho da direcção que além de ter dado aos bombeiros contrato sem termo (quando o protocolo assinado é para três anos) também já se disponibilizou para lhes dar mais recursos para formação. “A EIP é uma mais-valia para toda a população da área abrangida pela corporação de Paredes. Tratam-se de profissionais altamente qualificados”, justificou José Carlos Barbosa, vice-presidente da direcção da associação humanitária.

Nesta fase mais crítica, a EIP dos Bombeiros de Paredes vai fazer patrulhamento e acções de prevenção, avançou. O horário, de oito horas diárias, será flexível e adaptado às necessidades operacionais. E o comandante não esconde que eram necessárias mais equipas para se revezarem.

O custo da EIP, cerca de 50 mil euros por ano, será dividido em partes iguais pela Autoridade Nacional de Protecção Civil e pela Câmara Municipal de Paredes.

Equipa pronta para trabalhar

Vítor Martins, de 37 anos, Besteiros; José Nunes, 36 anos, de Guilhufe (Penafiel); Tiago Sousa, 24 anos, de Gondalães; Paulo Oliveira, 24 anos, de Paredes; e Rui Pereira, 20 anos, Gondalães, serão os rostos no terreno. Já eram funcionários da corporação, mas alguns vão assumir funções diferentes.

Dizem-se preparados para o novo desafio. “As expectativas são muito altas. Esta é a primeira EIP do concelho. Há muita vontade de trabalhar e fazer melhor”, adianta Vítor Martins, porta-voz do grupo. “Queremos melhorar o socorro em termos de prontidão e qualidade e a formação é sempre bem-vinda”, disse o adjunto.

Sobre a época de calor que se avizinha e a possibilidade de incêndios florestais, Vítor Martins afirma acreditar que vão ter um maior número de chamadas, mas menos área ardida. “A população está abalada com o que aconteceu no ano passado. Está mais preocupada e atenta e à mais pequena fogueira recebemos um elevado número de chamadas a dar o alerta”, testemunha.