Este ano não destacamos uma única entidade cultural, mas várias, que se uniram para criar um evento único na região e que dá projecção a um concelho a nível nacional.
Mesmo os mais crentes duvidaram no início que a Festa do Caldo de Quintandona pudesse chegar ao patamar a que chegou.
A 10.ª edição do evento só veio confirmar, mais uma vez, que a receita que junta, em Quintandona, gastronomia, música, teatro, artesanato e animação, foi acertada. O número de visitantes que passaram pela pequena aldeia penafidelense, em Lagares, foi superado: cerca de 15 mil pessoas durante os três dias do evento, em que foram realizados 53 espectáculos; e consumidos cerca de 4.500 caldos, 1.200 tigelas de papas, 700 doses de cozido à portuguesa, 12 porcos no espeto, 4.400 litros de cerveja e 930 litros de vinho.
E porque nada nasce e perdura por acaso, o sucesso da festa está dependente de 200 voluntários, que são imprescindíveis na organização do evento a cargo da CASAXINÉ – Associação para a Promoção e Desenvolvimento Cultural de Quintandona; a Associação comoDEantes, Grupo de Teatro; e a Associação para o Desenvolvimento de Lagares, com o apoio da Junta de Freguesia de Lagares e Figueira e da Câmara Municipal de Penafiel.
Para que a identidade do evento não se perca, este ano nasceu a Confraria do Caldo de Quintandona, com 37 elementos, que se vão dedicar a defender e preservar este produto gastronómico e a aldeia.
A LORD
Com 83 anos de existência, A LORD é muito mais do que uma Cooperativa de Electrificação, é um dos motores de desenvolvimento de Lordelo, pelo importante papel em termos de democratização cultural – com um programa vasto de iniciativas durante todo o ano – e também pelo apoio que dá às inúmeras instituições.
Ao longo dos anos, A LORD tem investido os excedentes da Cooperativa, que tem 4500 clientes, em Lordelo. Um dos últimos grandes investimentos passou pelo Museu inaugurado este ano, um espaço interactivo que retrata a história da instituição e das suas valências, destinado a todas as faixas etárias. O investimento rondou os 500 mil euros.
Mas A LORD promete não ficar por aqui e já adiantou que, no próximo ano, vai avançar com a construção de uma nova Biblioteca.
Escritaria
Ano após ano, o Festival Literário Escritaria tem demonstrado ser um projecto cultural de sucesso, que transforma as ruas de Penafiel e projecta o concelho em termos nacionais.
Nesta última edição, a vida e obra de Alice Vieira contaminou as ruas, com a escritora portuguesa de livros infantis e juvenis a ser “engolida” por milhares de alunos das escolas do concelho.
O evento contemplou, mais uma vez, exposições diversas, teatro de rua, conferências, música, momentos de leitura e lançamento de livros, entre outros. Convém realçar que, além de trazer a Penafiel figuras de relevo no panorama nacional, o Escritaria vive, sobretudo, do envolvimento das gentes locais.
Recorde-se que pelo Escritaria já passaram nomes grandes da literatura portuguesa como Urbano Tavares Rodrigues, José Saramago, Agustina Bessa-Luís, Mia Couto, António Lobo Antunes, Mário de Carvalho, Lídia Jorge e Mário Cláudio.
Conheça os premiados das outras categorias: