O etc 2015 – Encontro de Teatro de Cristelo está a superar expectativas, com casa cheia em todas as performances teatrais. A organização, o TC – Teatro de Cristelo, homenageou, no passado sábado, o actor Martinho Silva, com a entrega do Prémio Nacional de Teatro Ruy de Carvalho. Os espectáculos de teatro continuam nos próximos fins-de-semana com o objectivo de despertar o interesse para o teatro, sobretudo dos mais jovens.
A aposta do Teatro de Cristelo tem passado pelos mais jovens. “A preocupação do último ano tem sido fazer pensar a juventude através dos textos e peças interpretados”, explica Carla Carvalho.
Por isso, este ano, optaram por reconhecer o trabalho de um actor ainda jovem, natural de Penafiel. “O Martinho Silva foi atrás de um sonho. Foi à luta, trabalhou e foi persistente. Achamos que tinha um percurso interessante. Queremos ensinar que não se consegue tudo de mão beijada”, justifica a actriz de teatro amador.
No sábado, decorreu a entrega do segundo Prémio Nacional de Teatro Ruy de Carvalho e foi descerrada uma placa de reconhecimento pelo trabalho do actor Martinho Silva. “Ficou surpreendido, não estava a contar”, relata Carla Carvalho. No domingo, o actor penafidelense regressou para falar do tema “O Teatro e a Juventude”. Uma conversa interactiva em que todos puderam participar.
Os espectáculos do etc regressam no dia 24, às 21h30, com a encenação “O Rei Imaginário, o Doido e a Morte”, pelo Teatro Casca de Noz (Ermesinde). Segue-se, no dia 25, às 16h00, pelo Teatro para a Infância – Companhia de Teatro de Ovar a peça “Quando a cidade dorme”. No dia 31 sobe ao palco “Acontece o que Acontece”, do Teatro Tamaranto (Amarante), pelas 21h30, seguindo-se a cerimónia de encerramento.
“Esperamos repetir o etc dado o sucesso que está a ser”, revelou Carla Carvalho. O objectivo é despertar o interesse pelo teatro, sobretudo junto dos mais jovens. Até porque a encenação dramática é uma escola para os mais novos. “O teatro não é só o que se vê no palco, é tudo o que está por detrás, há muito esforço e dedicação. E aprende-se, de forma lúdica, a falar em público e a respeitar os silêncios”, disse. “E o teatro transmite mensagens”, salientou ainda Carla Carvalho.