São tantos os exemplos de sucesso empresarial na região que, ano após ano, o difícil é escolher entre todos os que noticiamos os que mais se destacam, pelos investimentos feitos, empregos criados, prémios alcançados ou reconhecimento internacional obtido.
Este ano, optamos por realçar as conquistas da Engenho de Paladares e dos queijos Paladares Paroquiais, produzidos em Frazão/Arreigada, Paços de Ferreira, que foram premiados, em 2019, na categoria “Ideias com Potencial”, na 6.ª edição do Prémio Intermarché Produção Nacional, com os produtos a terem a oportunidade de ser vendidos nesta cadeia de hipermercados a nível nacional, num reconhecimento da qualidade.
A Engenho de Paladares assume-se como uma empresa “100% social” e foi criada em 2011, pela mão de três paróquias, para garantir a sustentabilidade das actividades dos centros sociais de Ferreira, Arreigada e Frazão e para promover o emprego, sobretudo junto de desempregados de longa duração. Aproveitou o know-how de algumas pessoas que estavam ligadas a uma antiga queijaria e ressuscitou a produção de queijo, sob a marca Paladares Paroquiais. Além disso, a empresa produz biscoitos e bolachas tradicionais, doçaria de conservação, licores, doces e compotas e tem um serviço de catering e take away que serve cerca de 800 refeições diárias, às próprias instituições e a escolas do concelho.
O volume de facturação já ultrapassa os 500 mil euros anuais e dá emprego a 11 pessoas, com os lucros a reverteram para projectos sociais. A empresa quer continuar a crescer, criar mais postos de trabalho e apostar no mercado gourmet. Parece-nos que ainda vamos falar muito da Engenho de Paladares no futuro.
Dalmática, Lousada
Outra empresa que andou nas bocas do mundo, já em 2018 mais com mais intensidade em 2019, foi a Dalmática, de Lustosa, Lousada. E é precisamente para o mundo que os responsáveis deste negócio se querem voltar.
A empresa especializada em conservação e restauro do património foi a responsável por recuperar o retábulo-mor da Basílica de Santa María La Antigua, a Catedral do Panamá, que é monumento classificado como Património Mundial da Unesco, com 21 metros de altura e nove de largura e que tinha “muitos problemas”. Foram escolhidos pela qualidade depois de uma longa luta para realizar aquela intervenção. Durante 10 meses 20 profissionais da Dalmática dedicaram-se a este trabalho, que passou a incluir ainda duas pinturas sobre tela, duas pias de água benta, um retábulo lateral e um monumento funerário pelo reconhecimento da qualidade da intervenção. O maior prémio veio depois, com o Papa Francisco a inaugurar, durante as Jornadas Mundiais da Juventude, o altar em que os lousadenses trabalharam.
A Dalmática nasceu em 2007 e tem procurado a internacionalização desde 2011. Este trabalho deixou-lhes “um mercado de portas abertas” e têm sido solicitados para orçamentar várias obras. Uma prova de que o sucesso se faz com trabalho e que a perseverança permite chegar onde se quer.
Grupo Jetclass, Valongo
Nesta empresa especialista em design de interiores e mobiliário de luxo já se produzem espelhos com televisores incorporados e secretárias interactivas onde podem ser escondidos os ecrãs do computador, um cofre ou um frigorífico. O Grupo quer apostar ainda mais no mobiliário tecnológico e fazer móveis para casas inteligentes como, por exemplo, móveis que mudam de cor, que permitam fechar uma gaveta à distância ou com espelhos que nos ajudam a escolher combinações de vestuário, anunciaram.
Para isso vão investir na robótica e na domótica e também na maquinaria de ponta automatizada. A empresa exporta 97% da sua produção e conta com cerca de 100 funcionários. O investimento vai permitir duplicar a facturação da empresa para os 12 milhões de euros anuais e recuperar artes como a talha e a aplicação de folha de ouro.
Conheça os premiados das outras categorias: