Cerca de uma tonelada de tabaco e 40 mil cigarros apreendidos foi o resultado de uma operação da Unidade de Acção Fiscal da GNR no distrito do Porto.
Ontem, foi dado cumprimento a 58 mandados de busca em domicílios, garagens, viaturas, estabelecimentos e armazéns em Paredes, Gondomar e Vila Nova de Gaia, que permitiu à GNR apreender 959 quilos de folha de tabaco em bruto e de corte fino; 40.000 cigarros, sem estampilha fiscal; oito máquinas de corte de tabaco, pulverizadores e diversos outros utensílios utilizados para a manufacturação de cigarros; cinco balanças utilizadas na pesagem do tabaco; 24 telemóveis, computadores e periféricos; uma arma de fogo e 16.000 euros em dinheiro.
“Foi detido um suspeito por posse de arma proibida e 10 outros foram constituídos arguidos, tendo sido submetidos à medida de coação de termo de identidade e residência”, explica comunicado.
Segundo a GNR a investigação durava há cerca de um ano e já tinha resultado em 17 detenções pelo crime de introdução fraudulenta no consumo, “que visou colocar termo às actividades de uma rede de contrabando que se dedicava, de forma organizada e reiterada, à introdução fraudulenta em Portugal de folha de tabaco com procedência de Espanha, procedendo depois, em território nacional, à sua transformação em cigarros, que eram ilicitamente comercializados”.
Já tinham sido apreendidas cerca de 4.6 toneladas de folha de tabaco em bruto e cerca de 294 quilos de tabaco já triturado, com valor estimado de um milhão de euros.
A GNR estima que a rede lesou o estado em mais de 800 mil euros, por evasão ao pagamento de impostos directos e indirectos, designadamente ao Imposto Especial Sobre o Consumo de Tabaco.
A operação envolveu 97 militares da Unidade de Acção fiscal, dos Destacamentos de Acção Fiscal do Porto, Coimbra, Lisboa, Évora e Faro, e teve o apoio da Polícia de Segurança Pública.