Foi reconhecido, em reunião de executivo, o interesse público municipal no projecto. O objectivo, explicou o presidente da Câmara Municipal, é desafectar o terreno, que está em reserva agrícola.
“É nosso propósito construir uma piscina ao ar livre no Parque da Cidade de Paredes, porque entendemos que este é um concelho mais jovens do país e deve dispor de um equipamento como este. Isso fazia parte do nosso programa eleitoral”, lembrou Alexandre Almeida. “Há necessidade de haver interesse municipal no projecto para haver essa desafectação”, referiu.
O PSD concordou e o interesse público foi votado por unanimidade. Mas a oposição não deixou de referir que não considera este o melhor local.
“O PSD sempre desejou que a cidade de Paredes estivesse dotada com um equipamento de lazer desta dimensão. Somos a favor, mas para memória futura entendemos que deviam juntar-se dois equipamentos”, argumentou Rui Moutinho. O vereador social-democrata afirmou que a esta piscina outdoor devia juntar-se uma nova piscina coberta. “A cidade de Paredes está mal servida com o actual equipamento que está obsoleto e não satisfaz as necessidades da população”, acredita.
O eleito do PSD defendeu ainda que a zona desportiva das Laranjeiras era “o espaço mais adequado” para instalar os dois equipamentos, não sendo necessárias alterações ao Plano Director Municipal. “Com este local proposto vamos tirar ao pulmão verde da cidade cerca de 6.900 metros quadrados. Não queremos ser obstáculo, mas achamos que não é o local indicado”, concluiu o autarca.
Na resposta, o presidente da Câmara disse reconhecer que Paredes merecia uma nova piscina indoor. E o tema está em estudo, disse. Com a expropriação do Complexo Desportivo das Laranjeiras, também aprovada, os campos de ténis ao lado da piscina municipal podem ser aí colocados. “Com isso podemos requalificar aquela piscina e ampliá-la, dotando Paredes de uma piscina indoor com outras condições e dimensão”, afirmou Alexandre Almeida.
O autarca negou ainda que estejam a “tirar o pulmão verde” à cidade. “À volta do tanque da piscina continuará a ser tudo verde e parte desses mais de 6.000 metros de que está a falar serão para um bar com todas as condições, uma coisa reclamada há muito pela população”, explicou. Por outro lado, Alexandre Almeida salientou que há terrenos à volta do parque que ainda não são propriedade da Câmara de Paredes, mas que poderão vir a ser, dando origem a uma expansão do parque. “Há muitas situações em cima da mesa. Ideias não nos faltavam, só precisávamos de ter herdado uma câmara com as contas em dia”, ironizou.