“Temos alguma indicação de que o pico nesta zona terá sido atingido no início de Novembro. Nas últimas semanas estamos a assistir a um abrandamento do número de casos”, afirmou o presidente da Administração Regional de Saúde do Norte, esta tarde, na abertura da Estrutura de Rectaguarda para doentes Covid-19 no antigo hospital da Misericórdia de Paços de Ferreira.
Segundo Carlos Nunes, os números, com amplitudes diferentes no Norte, estão a baixar em Lousada, Paços de Ferreira e Felgueiras, os primeiros a dar sinais preocupantes e a ter incidências elevadas nesta segunda vaga.
O presidente da ARS Norte deu ainda números. “No princípio do mês tínhamos no Agrupamento de Centros de Saúde do Vale do Sousa Norte, que inclui os três concelhos, 400 a 500 casos por dia e agora são cerca de 150 a 160. Isto tem a ver com as medidas e também com a consciencialização da população. É uma luta que implica a todos”, advertiu.
No antigo hospital da misericórdia há agora uma Estrutura de Apoio de Rectaguarda para doentes Covid-19 positivos, que está disponível para acolher utentes já amanhã.
Tem capacidade para 29 doentes imediatos e pode ir até aos 35. Se for necessário, um edifício anexo pode ser usado para ampliar esta resposta. O espaço está dotado de um médico, cinco enfermeiros e 15 assistentes operacionais de acção directa e três de serviços gerais, cumprindo o rácio necessário, dizem os responsáveis.
Não escondeu que houve dificuldade em recrutar pessoal clínico, mas sustentou que já estão recrutados alguns e serão recrutados mais à medida das necessidades.
Questionado pelos jornalistas, o presidente da Câmara de Paços de Ferreira, Humberto Brito, acredita que a existência desta estrutura no concelho pode ajudar a sensibilizar ainda mais para a situação vivida. “Todos os meios que possam ser usados para sensibilizar a população para cumprir as medidas nos ajudarão a fazer baixar os números que mostram que há uma descida acentuada do número de novos casos de covid-19 em Paços de Ferreira“, frisou.
O presidente da ARS Norte referiu que esta estrutura é para utentes positivos.
”Estas estruturas de rectaguarda foram criadas para que doentes que possam ter alta clinica, ainda não estão negativos, e podiam ir para casa mas ou não têm condições em casa ou não podem regressar ao lar de idosos e aqui podem acabar a convalescença e libertar camas hospitalares para situações mais agudas”, disse.