A Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa está contra a suspensão da adjudicação das empreitadas do troço do IC 35 Penafiel – Rans e da construção da variante à EN 211, entre Quintã e Mesquinhata (municípios de Marco de Canaveses e de Baião).
“Com 433.000 habitantes, esta região tem vindo a ser sucessivamente negligenciada pelas políticas da Administração Central, em diversas matérias, designadamente no que diz respeito às acessibilidades. Há um conjunto de vias previstas para esta região que são investimentos estruturantes, que permitirão que esta região, com forte vocação industrial e potencial exportador, alavanque decisivamente a sua economia”, defende a instituição.
Segundo comunicado, a CIM enviou um ofício em nome dos 11 autarcas da região ao Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, convidando-o para vir ao território.
Comunidade Intermunicipal lembra os impactos económicos e de segurança que a obra vai trazer
“Foi com profunda surpresa e desagrado que o município de Penafiel, e por conseguinte esta CIM, recebeu das Infraestruturas de Portugal a comunicação de que está suspensa a adjudicação da empreitada do troço do IC 35 Penafiel – Rans”, refere o comunicado da Comunidade Intermunicipal.
Trata-se de uma infra-estrutura rodoviária que pretende ligar a A4 em Penafiel a Castelo de Paiva que é “uma reivindicação muito antiga da região” e que teria importantes impactos económicos e em termos de segurança rodoviária, recorda a CIM. “Infelizmente, ao longo dos últimos anos, as centenas de acidentes ocorridos no troço que liga Penafiel a Castelo de Paiva provocaram dezenas de feridos e várias vítimas mortais, muitas delas na sequência de atropelamentos”, salientam em comunicado.
Da mesma forma, reivindicam a construção da variante à EN 211, entre Quintã e Mesquinhata, cuja adjudicação também está suspensa quando estava previsto que a execução desta obra tivesse início neste Verão.
“Esta é a região mais pobre do país, e uma das regiões mais pobres de toda a Europa, com os mais baixos indicadores de convergência, como o PIB per capita, índice de poder de compra, com uma elevada taxa de desemprego, e graves problemas de coesão social” e tem sido negligenciada em termos de acessibilidades.