Várias dezenas de cidadãos da freguesia de Ferreira e da cidade de Freamunde, em Paços de Ferreira, participaram, estar tarde, numa acção de plantação de 150 árvores, (castanheiros, carvalhos, pinheiros mansos e medronheiros entre outros), que decorreu na Mata de S. Tiago da Serra, propriedade da Junta de Freguesia de Ferreira.
Os cidadãos da Associação Para a Preservação da Nascente do Rio Ferreira, parceiro nesta actividade e vários pais da Escola de Ferreira que fizeram questão de marcar presença com os seus educandos nesta actividade, elogiaram a medida e a necessidade de replicar esta acção a outras freguesias do concelho.
“A minha sogra faz parte da associação e como pessoa que zela pela preservação dos recursos ambientais e costuma acompanhar o trabalho da associação não podia passar ao lado desta actividade. É uma obrigação de todos nós preservar o ambiente”, disse, salientando que é necessário transmitir esta mensagem para que mais pessoas dêem o seu contributo.
“Julgo que há ainda muito trabalho a fazer em matéria de preservação dos recursos, mas e se todos nos deixarmos tocar por estas actividades e dermos o nosso contributo, estamos a zelar pelo nosso futuro e pelo dos nossos filhos e por isso fiz questão de trazer, também, a minha filha”, adiantou.
“Quero congratular os promotores desta actividade . Cada vez mais o ambiente é uma área fundamental para a nossa preservação, para a economia e a sociedade e compete-nos a todos nós zelar pela sua gestão racional e equilibrada”
Filipe Miguel, residente na freguesa de Ferreira, relevou igualmente a actividade desenvolvida pela autarquia e pela associação e assumiu que estas acções ajudam a sensibilizar a comunidade para a necessidade de preservar os recursos naturais e contribuir para que as futuras gerações tenham melhor qualidade de vida.
“Quero congratular os promotores desta actividade. Cada vez mais o ambiente é uma área fundamental para a nossa preservação, para a economia e a sociedade e compete-nos a todos nós zelar pela sua gestão racional e equilibrada. São estes passos que contribuem para que possamos ter um futuro melhor”, atestou.
Ao Verdadeiro Olhar, Adriana Moreira assumiu, por outro lado, que além de aprender a forma de plantar e de cuidar de uma árvore, esta medida tem a vantagem de atribuir ao padrinho da árvore um dístico (bilhete de identidade da árvore), que ficará responsável pelo seu crescimento ao longo de todo o ciclo da vida. Caberá ao padrinho ou à madrinha cuidar da árvore baptizada em seu nome e cujo titulo identificativo está na sua posse, bem como a história de vida da mesma.
“É uma forma inteligente de envolver as pessoas e os jovens na preservação dos recursos naturais”, avançou.
“Quero elogiar os promotores da acção. É um medida meritória que se deveria repetir mais vezes, que conseguiu mobilizar a comunidade e espero que outras se sucedam”, constatou, sustentando que o futuro da humanidade está inexoravelmente ligado à preservação do meio ambiente.
“Se não zelarmos pelos nossos recursos, mais tarde ou mais cedo, vamos pagar a factura”, asseverou, acrescentando que os jovens deveriam envolver-se mais neste tipo de actividades.
“Enquanto pais e membros da sociedade civil temos a responsabilidade de fomentar as boas práticas, contribuir para o equilíbrio da natureza e para o desenvolvimento sustentável”
“Todos os actores e agentes têm que dar o seu contributo. Se o fizermos teremos mais força e conseguiremos mudar muita coisa. Enquanto pais e membros da sociedade civil temos a responsabilidade de fomentar as boas práticas, contribuir para o equilíbrio da natureza e para o desenvolvimento sustentável”, atalhou, reconhecendo que há ainda muito trabalho a fazer ao nível na sensibilização ambiental.
“Existem outras na freguesa e no concelho que carecem, também, de serem reflorestados. Só com o esforço de todos podemos construir um futuro melhor”, expressou.
A presidente da Associação Para a Preservação da Nascente do Rio Ferreira, fundada no dia 8 de Maio 2014, Maria Emília Leal, relevou a forte mobilização da comunidade local.
“Necessitamos de continuar com estas actividades, a comunidade aderiu, a associação de pais esteve presente e muitos outros cidadãos. Estou bastante satisfeita pela resposta da comunidade”, disse, reconhecendo que é necessário continuar a motivar os cidadãos para as questões ambientais e a preservação do Rio Ferreira.
Falando da instituição, Maria Emília Leal esclareceu que a associação é uma instituição sem fins lucrativos que tem como objectivo a preservação da Nascente do Rio Ferreira.
“É um trabalho difícil e moroso. Todos os membros da instituição trabalham, somos voluntários e só aos fins-de-semana, quando está bom tempo é que nos dedicamos à preservação do Rio. Temos feito vários eventos durante o ano, Existem sítios lindíssimos, uma zona com moinhos degradados que gostávamos de reconstruir, mas precisamos de mais verbas. Vamos esperar que com o apoio da câmara municipal e da junta de freguesia consigamos concretizar os nossos objectivos”, sustentou.
“Esta acção faz parte da estratégia do município e integra-se no Ano Municipal do Ambiente e da Cidadania. Hoje foi a freguesia de Ferreira, mas é óbvio que gostaria de ver este exemplo replicado a outras freguesias”
O presidente da Câmara de Paços de Ferreira, Humberto Brito, assumiu que a pedagogia não tem idade, sendo o ambiente uma responsabilidade de todos.
“Esta acção faz parte da estratégia do município e integra-se no Ano Municipal do Ambiente e da Cidadania. Hoje foi a freguesia de Ferreira, mas é óbvio que gostaria de ver este exemplo replicado a outras freguesias. A Associação Para a Preservação da Nascente do Rio Ferreira é uma referência no concelho, sou o sócio número e como tal tenho também responsabilidade acrescidas, mas as pessoas têm de perceber que estas questões não competem apenas aos órgãos autárquicos. A preservação e promoção do meio ambiente é uma responsabilidade de todos. Existem políticas para promover um ambiente sustentável e para punir quem não cumpre, que infelizmente são muitos”, confessou, reconhecendo que só com o trabalho, resiliência é que será possível cumprir a estratégia ambiental que o executivo tem delineada para o território.
“Acredito que o trabalho final será positivo e as associações podem dar um forte contributo decisivo na sensibilização ambiental e há pessoas que estão disponíveis para dar o seu contributo em prol de um futuro melhor”, declarou.