Ainda não há muitos anos, estávamos a entrar no novo milénio, e eis que estão quase duas décadas percorridas desde essa altura.
Nos inícios de ano, há por um lado, uma tentativa de se fazer um balanço do ano que findou, e bem assim, perspetivar-se o que se tem pela frente.
Sou apologista que devemos viver de forma intensa o presente, agradecendo a dádiva de estarmos cá, e deixar as coisas fluírem, sem que, no entanto, façamos o que nos compete: cada um à sua dimensão, dar o melhor de si para que o futuro seja o melhor possível.
A melhor forma de prever o futuro, como dizia um autor desconhecido, é criá-lo, e para isso há que construir bases sólidas e alicerces fecundos para tal se tornar realidade.
Por ora, ficar-me-ei por uma análise mais nacional.
Em 2017, assistimos em Portugal, ao maior crescimento económico dos últimos anos, pelo que a tarefa em 2018 será sustentar este crescimento.
Pedir mais é manifestamente exagerado e de difícil, senão mesmo, impossível realização.
A zona euro, confrontar-se-á em 2018 com a possibilidade da tão propalada reforma, a única dúvida que se coloca é: será mesmo que esta reforma vai já avançar?
Num território extenso e com tantas idiossincrasias, há que esperar e verificar se alguns avanços e recuos em determinadas áreas, permitirão o avanço imediato da reforma da zona euro. Porém, é um tema que está em cima da mesa para este novo ano.
No que concerne aos números do desemprego para este ano, esperemos que a tendência de descida se mantenha, tal como aconteceu em 2017.
Temos que ser prudentes e avisados, e estou certo, que não se pode entrar em loucuras e em promessas falaciosas que minam por completo a credibilidade da política e dos políticos.
A manutenção destes números seria já uma grande vitória em2018!
Ao nível do sector bancário, também se colocam diversos desafios para o ano de 2018:
Por um lado, melhorarem a rentabilidade por via do aumento dos proveitos (sem prejuízo das práticas de avaliação do risco), impostas pela supervisão e pelas novas normas contabilísticas, pelo aumento da eficiência e redução de custos e pelo aproveitamento dos desenvolvimentos tecnológicos para aumentar substancialmente a produtividade, e pelos ganhos derivados da melhoria do rating da República;
O orçamento de estado para 2019, será mais um teste à mais que sólida e sustentada “geringonça”, sendo que neste particular temos agora um novo “player”, que pode fazer toda a diferença: Mário Centeno.
Enquanto presidente do Euro Grupo, Mário Centeno dará uma enorme ajuda ao Mário Centeno Ministro das Finanças Português, para o próximo orçamento de estado ser aprovado.
Será um orçamento exigente, onde evidentemente haverá as naturais tendências de aumento da despesa (temos eleições legislativas em 2019), mas Centeno na dupla missão que ocupa, fará, pensamos todos, com a mestria que o caracteriza e tão bem o tem notabilizado no contexto internacional, um bom orçamento.
Que Portugal se continue a afirmar na senda internacional nos mais diversos domínios são também as nossas expectativas, e que cada dia do novo ano, constitua em nós um gosto enorme em defendermos a nossa alma lusitana, deste pequeno mas grande país, à beira mar plantado, que tanto nos tem orgulhado nos últimos anos.
Longe vão os tempos, em que andávamos a discutir com outros países, nomeadamente a Grécia, quem ocupava o último lugar da cauda da Europa. Hoje estamos mais fortes, somos um país mais desenvolvido, respeitado, um país que tem e exporta talento, que se afirma e tem ganho pergaminhos no contexto internacional.
Vamos manter o estatuto que hoje somos portadores, com a ambição sustentada e real, que ainda podemos ser mais e melhores.
Que assim seja!
Próspero 2018 para Todos em geral, e para os Penafidelenses em particular!!