O preço médio das casas na região continuou a aumentar no último ano, à semelhança do que aconteceu a nível nacional.
Valongo e Penafiel registaram os maiores aumentos, mostram dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). O custo por metro quadrado subiu 131 e 82 euros, respectivamente, num ano. Lousada tem o custo mais baixo entre os concelhos acompanhados pelo Verdadeiro Olhar e registou uma ligeira descida face ao trimestre homólogo.
O valor mediano dos alojamentos familiares em Portugal fixou-se em 1311 euros por metro quadrado no terceiro trimestre de 2021. “Este valor representa um crescimento de 3,4% face ao segundo trimestre de 2021 e de 12,2% relativamente ao terceiro trimestre de 2020. O aumento da taxa de variação homóloga entre o segundo trimestre de 2021 e o terceiro trimestre de 2021, de 6,8% para 12,2%, evidencia uma aceleração dos preços da habitação”, conclui o INE. Segundo o relatório divulgado, os preços aumentaram em todas as sub-regiões do país.
Analisando os resultados dos últimos 12 meses, entre Outubro de 2020 e Setembro de 2021, o INE diz que o preço médio de alojamentos familiares em Portugal foi 1250 euros por metro quadrado, um aumento de 7,8% relativamente ao trimestre homólogo, sendo que se mantiveram acima do valor nacional as sub-regiões do Algarve (1881 €/m2), Área Metropolitana de Lisboa (1730 €/m2), Região Autónoma da Madeira (1386 €/m2) e Área Metropolitana do Porto (1329 €/m2).
Penafiel e Paços de Ferreira são os concelhos mais caros do Tâmega e Sousa
Olhando à realidade local, os preços na Área Metropolitana do Porto (AMP) aumentaram 137 euros por metro quadrado num ano, passando de 1192 para 1329 euros por metro quadrado, mais 11%.
Entre os concelhos que a integram estão Valongo e Paredes. Valongo registou a maior subida entre os municípios da área de abrangência do Verdadeiro Olhar, mais 12,4%. O custo do preço do metro quadrado aumentou de 1059 para 1190 euros entre os dois trimestres em análise, mais 131 euros. O crescimento é bastante mais elevado se comparado com o terceiro trimestre de 2019, quando o custo era de 898 euros por metro quadrado, uma subida de 32,5%.
Paredes também viu o preço das casas aumentar 53 euros por metros quadrado. Passou de 824 para 877 (mais 6,4%). Face a 2019, a subida foi de 22%. Ainda assim, comparativamente, Paredes tem o quarto custo mais baixo da Área Metropolitana, apenas superado por Oliveira de Azeméis (750 €/m2), Vale de Cambra (831 €/m2) e Arouca (833 €/m2).
O Tâmega e Sousa tem valores médios de alojamento bastante mais baixos que os da AMP, mas também sofreu aumentos. O custo médio da região era de 750 euros por metro quadrado, tendo aumentado 30 euros em relação ao trimestre anterior. Comparando com 2019, o crescimento foi de 12%.
Nesta sub-região, Penafiel lidera com o valor mediano dos alojamentos familiares mais elevado nos últimos 12 meses. O aumento foi de 82 euros por metros quadrado. Passou de 772 euros por metros quadrado para 854 euros.
Logo a seguir, com o segundo valor mais alto do Tâmega e Sousa está Paços de Ferreira, cujo metro quadrado subiu de 740 para 776 euros por metro quadrado, mais 36 euros (5%). De realçar que o concelho sofreu, face a 2019, um aumento de mais de 18%.
Lousada tem o valor mais baixo destes cinco concelhos. Foi o único em que o preço médio baixou. No terceiro trimestre de 2020 o custo era de 745 euros por metro quadrado e, no terceiro trimestre de 2021, de 734 euros por metro quadrado, menos 11 euros. Mas, comparando com 2019, quando o preço era de 659 euros por metro quadrado, o concelho viu o custo subir mais de 11%.
No Tâmega e Sousa, Cinfães (499 €/m2) e Resende (505 €/m2) têm os valores médios mais baixos. Penafiel, Paços de Ferreira e também Felgueiras (773 €/m2), Castelo de Paiva (754 €/m2) e Amarante (753 €/m2) têm um custo acima do valor médio da região.