Manuel Pinho, candidato à Câmara pelo Movimento Juntos por Paredes/Nós Cidadãos/Aliança, acusa o executivo socialista de estar a usar as associações do concelho para “propaganda política”. Em causa estão vídeos de apoio que têm estado a ser divulgados, em que dirigentes associativos manifestam apoio às candidaturas do PS local às juntas de freguesia.
“O Movimento Juntos por Paredes tem vindo a denunciar, a utilização das associações por parte do Partido Socialista local para propaganda política. Situação que infelizmente tem continuado e que agora se adensou. Efectivamente, na apresentação de algumas candidaturas socialistas, alguns dirigentes associativos, em nome da associação que representam, apoiam os candidatos do PS”, descreve o candidato.
“A utilização das associações do concelho por parte do executivo socialista para se auto-promover na campanha eleitoral é imoral. Os responsáveis das nossas associações não deviam ter deixado que isso acontecesse. Infelizmente, já aconteceu e algumas associações tornaram-se um mero instrumento de propaganda eleitoral. Os sócios destas mesmas associações, livres de pertencerem a qualquer partido, certamente não se revêem nestes comportamentos”, acrescenta Manuel Pinho em comunicado, sustentando que nenhuma associação deve nada a nenhum partido ou candidato por lhe terem sido concedidos dinheiros públicos.
“O Movimento Juntos Por Paredes vai olhar para todas as associações de forma equitativa. Não as queremos de joelhos, a pedir, como se de uma esmola se tratasse. Valorizará todas as associações do concelho, ajudando-as de acordo com os recursos disponíveis e não pela ‘vassalagem’ prestada”, garante.
Perante estas críticas, o presidente da Câmara de Paredes e recandidato pelo PS, Alexandre Almeida, salienta que “o que tem acontecido é que há pessoas que pertencem a associações que têm manifestado apoio aos nossos candidatos.
“Não há qualquer utilização de associações para fazer propaganda política. Há pessoas que se predispuseram a dar palavras de apoio”, independentemente de serem líderes de associações ou não, frisou o edil. “Não há nenhum vínculo das associações, como não podia deixar de ser”, sustenta, não vendo neste processo qualquer tentativa de influência. “O apoio que demos ou vamos dar às associações nunca teve dependente de nada disso”, garante Alexandre Almeida.