No ano passado, todas as câmaras municipais da região baixaram o passivo exigível, ou seja, as dívidas a pagar.
O Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, da Ordem dos Contabilistas Certificados, aponta que a partir de 2011 se tem registado uma “descida progressiva do passivo exigível” das autarquias do país.
“Em 2019 o passivo exigível (excluindo a dívida não orçamental) apresentou o valor de 3676,1 milhões de euros, mostrando um decréscimo de -8,4% (-8,6 milhões de euros) em relação ao ano anterior. Contribuiu para esta descida a redução do stock da dívida de médio e longo prazo em -6,4% (-197,8 milhões de euros) e a diminuição da dívida de curto prazo em -16,0% (-150 milhões de euros)”, refere o documento.
Em 2019, foram 252 municípios (81,8%) os que baixaram o valor do passivo exigível. Nesse lote, estão incluídas as câmaras de Lousada, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Valongo.
Lousada não consta da lista, mas também reduziu o seu passivo de pouco mais de 13 milhões de euros para cerca de 12,8 milhões de euros.
Ainda assim, três destes municípios continuam entre os com maior passivo exigível no país, estando Paredes e Paços de Ferreira no top 20.
Paredes é a 15.ª autarquia do país com maior passivo exigível, mais de 45 milhões de euros. Logo abaixo na lista, em 16.º, está o município de Paços de Ferreira, com 43,6 milhões de euros. Valongo está mais abaixo na lista das mais endividadas (posição 40), tendo um passivo exigível de 25,7 milhões de euros.