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Câmara de Paredes agraciou 10 cidadãos com medalha de ouro do município

A Câmara de Paredes agraciou, esta segunda-feira, na Sessão Solene Evocativa do Feriado Municipal, 10 cidadãos do concelho com a medalha de ouro, em cerimónia que decorreu no Salão Nobre dos Paços do concelho.

Os homenageados foram Inácio Costa, empresário e político; João de Brito Malheiro, lenda do hóquei em patins nacional; José Mota, conceituado treinador de futebol; José Luís de Castro Teixeira, empresário e dirigente desportivo; José Manuel Outeiro, empresário e político; José Manuel Castro, director de Finanças do Porto.

A autarquia homenageou, também, Mário Rocha, empresário, dirigente desportivo e político; Rui Barros, um nome maior do futebol português; Valdemar Pacheco, antiga glória do FC Porto nos anos 1960 e 1970; e Vitorino Moreira, empresário e político.

O presidente da Câmara de Paredes, Celso Ferreira, numa alusão ao feriado municipal, referiu que esta homenagem teve como objectivo agraciar personalidades que, pelos seus “relevantes e significativos feitos” nas mais diversas áreas de intervenção, contribuíram decisivamente para o desenvolvimento e dignificação do território, afirmando o prestígio e a afirmação de Paredes.

“Estes são nomes comummente aceites e reconhecidos pela comunidade”, disse, salientando que é urgente fazer a história do município e dignificar os muitos cidadãos que defenderam o território, em diferentes domínios e cujo reconhecimento está, ainda, por realizar.

“A verdade é que de 2008 para trás e se quisermos recuar até à fundação do concelho em 1836, houve apenas sete cidadãos honorários. Lamento que uma terra como Paredes tenha apenas sete cidadãos honorários porque isso representa um esquecimento gravíssimo da comunidade para com quem teve percursos excepcionais”, disse, salientando que de 1836 a 1933, em 97 anos de história, não houve nenhum cidadão honorário.

O autarca frisou que o executivo está a recuperar uma série de entidades e instituições cujo trabalho ao longo dos anos contribuiu para a afirmação do território e é, hoje, também, reconhecido, como a Santa Casa da Misericórdia e as corporações dos bombeiros de Paredes.

“A Santa Casa, que é centenária, os Bombeiros de Paredes nunca foram reconhecidos. A câmara estava esquecida do mérito e não valorizou essas instituições. Sem má fé esqueceu de dizer obrigado a quem contribuiu para o  elogio, a excelência e o justo reconhecimento àqueles que se dispuseram, ao longo de uma vida, a servir a sua comunidade, o seu concelho, o seu país”, avançou, sugerindo a criação de um museu municipal ou de um arquivo como forma de dignificar a memória das instituições colectivas e reconhecer os cidadãos que contribuíram para o engrandecimento do território.

Inácio José Pereira Abreu da Costa, um dos homenageados, retribuiu o mérito de ter sido agraciado relevando o trabalho desenvolvido pelo actual executivo e elogiando o dinamismo que o território tem presentemente dentro de fora de portas.

José Albano Ferreira Mota, conhecido treinador de futebol, actualmente a treinar uma equipa na Tunísia, num discurso emocionado, agradeceu a distinção e recordou que esta era a homenagem que lhe faltava no seu curriculum, depois de já ter sido reconhecido por outros concelhos.

José Luís de Castro Teixeira, presidente da equipa de pólo aquático do Paredes Rota dos Móveis, formação que tem um título nacional, várias Taças de Portugal e Supertaças, realçou o trabalho realizado pelo actual chefe do executivo na promoção desta modalidade, lembrando que a formação do pólo aquático do Paredes Rota dos Móveis é, hoje, reconhecida e respeitada dentro e fora do país.

José Manuel Barbosa Outeiro, ex-vereador da Câmara de Paredes, ressalvou, também, o trabalho realizado pelo executivo social-democrata no poder, referiu-se ao seu passado enquanto autarca e às dificuldades que sentiu para implementar alguns dos projectos que presentemente são uma realidade.

José Manuel de Oliveira e Castro, Director de Finanças do Porto, da Autoridade Tributária e Aduaneira, agradeceu a atribuição que lhe foi conferida e relevou a necessidade dos futuros executivos manterem esta prática de reconhecerem os cidadãos e as instituições do concelho.

Mário da Silva e Rocha recordou o trabalho que realizou enquanto vereador no primeiro mandato de Celso Ferreira e prontificou-se a continuar a dar o seu contributo ao município.

Já Vitorino Moreira, empresário e político, retribuiu o gesto e a homenagem que lhe foram prestadas relevando, igualmente, o trabalho desenvolvido por Celso Ferreira nestes últimos anos.

João de Brito Malheiro

No decorrer da sessão evocativa do feriado municipal foi, ainda, realizada uma palestra pelo engenheiro Gaspar Menezes que se dedica à investigação de história e genealogia, tendo publicado vários trabalhos e efectuado conferências na área. O título da palestra foi “Família Pinto Cabral: três gerações consecutivas com Presidentes da Câmara Municipal de Paredes. Suas ligações familiares com outros Presidentes”.

Filho de Rui Barros
Valdemar de Barros Pacheco

Perfil dos homenageados

Inácio Costa

Inácio Costa nasceu na Freguesia e concelho de Valongo, a 19 de Novembro de 1950 e reside em Paredes desde Julho de 1975. Casado e pai de quatro filhos, é um empresário empreendedor, sócio e fundador de várias empresas.

Fez o ensino secundário no antigo colégio de Valongo e mais tarde, como estudante-trabalhador, após ter cumprido o serviço militar em Moçambique, concluiu o curso de contabilidade e administração e dois cursos na área do direito fiscal.

Notabilizou-se ao serviço do exército português, em Moçambique, sendo um militar condecorado, com realce para um louvor da Região Militar de Moçambique, no qual é descrito com alguém que, “chamado a desempenhar funções na sala de operações e informações, confirmou amplamente as qualidades já demonstradas, impondo-se à consideração e estima de todos com quem serviu pela viva inteligência, cultura, dedicação ao serviço e rara capacidade de adaptação a toda e qualquer missão”.

Desde cedo se dedicou à actividade política e, em 1989, foi candidato eleito à Assembleia Municipal de Paredes nas listas do PSD, desempenhando funções sucessivamente nos mandatos seguintes, até 2001, para, de 2001 a 2005, ser vereador na Câmara Municipal de Paredes. Foi ainda membro da Assembleia Distrital do PSD Porto; Membro do Conselho de Jurisdição Distrital do PSD Porto; Secretário, tesoureiro e vice-presidente da Comissão Política do PSD Paredes, sendo actualmente Presidente do Plenário do PSD Paredes.

Além da actividade política, tem uma intensa actividade cívica, bem demonstrada pelo facto sido Presidente do Conselho Cinegético de Paredes; Presidente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco; Seccionista, Secretário, Vice-Presidente e Presidente da Direcção do União de Paredes e ainda Presidente da Assembleia Geral da Associação Columbófila de Paredes.

Inácio José Pereira Abreu da Costa é o ilustre paredense que vamos homenagear, pela competência profissional, elevado sentido de cidadania e relevantes serviços prestados ao longo da carreira.

 

João de Brito Rocha Malheiro

João Brito nasceu em Paredes, a 30 de Janeiro de 1941, é casado e tem dois filhos. Foi guarda-redes do FC Porto e do Académico do Porto, e um nome grande do hóquei em patins português, tendo conquistado muitos títulos, com destaque para o Campeonato do Mundo. Aprendeu a patinar no rinque da Praça José Guilherme e chegou ao FC Porto, ainda júnior, em 1958, clube que representou por várias temporadas e pelo qual conquistou o Campeonato Metropolitano de 1969.

De 1962 a 1967 defendeu as cores do Académico do Porto, regressando então ao FC Porto, pelo qual, mais tarde e já como treinador, conquistou, em 1982, a primeira competição europeia do clube, a Taça das Taças. Treinou ainda a Oliveirense, a Sanjoanense, o Valongo e o Riba d’Ave, ministrando ainda cursos de treinadores na Associação de Patinagem do Porto.

Como jogador, a qualidade de Brito levou-o naturalmente à Selecção Nacional, em 1968, num tempo em que poucos jogadores do norte de Portugal o conseguiam. Na primeira internacionalização, havia apenas outro jogador nortenho, Júlio Rendeiro, ao tempo, defesa do Infante de Sagres.

João Brito foi Campeão do Mundo no Pavilhão dos Desportos, na cidade Porto, atual Pavilhão Rosa Mota.

Recebe a Medalha de Ouro do Município pelas suas qualidades humanas, competência profissional e por contribuir para o engrandecimento do nome de Paredes.

José Albano Ferreira Mota

José Mota nasceu em Lordelo, Paredes, no dia 25 de Fevereiro de 1964 e está entre os melhores treinadores do futebol português. Iniciou a carreira de futebolista no Aliados de Lordelo da sua terra natal, onde se destacou, o que lhe valeu ser contratado pelo vizinho Paços de Ferreira, cujas cores defendeu durante quase uma década, tornando-se numa das referências da equipa, da qual chegou a ser capitão.

Depois de pôr fim à carreira como jogador, em 1996, ainda no Paços de Ferreira, passou a integrar a equipa técnica do clube, como treinador adjunto, até ser promovido a treinador principal, em 1999, iniciando assim uma carreira que lhe tem granjeado prestígio em Portugal, tanto pela qualidade do futebol praticado pelas suas equipas como pelos excelentes resultados que foi alcançando.

Treinou o Paços de Ferreira até 2008, tendo pelo meio uma breve passagem pelo Santa Clara dos Açores, em 2004. Conseguiu a proeza de qualificar o Paços de Ferreira para a Taça UEFA, na temporada de 2006/2007, após um brilhante sexto lugar no Campeonato Nacional.

Em de 2008, mudou-se para Matosinhos para treinar o Leixões e na época de 2010/2011, salvou o Belenenses da descida, na Segunda Liga, passando para o Vitória de Setúbal, onde esteve até 2014. Gil Vicente e Feirense foram os desafios seguintes, para, na última temporada, ter conseguido a proeza de devolver o Desportivo das Aves à 1.ª Liga. Treina presentemente a equipa tunisina do CS Sfaxien.

Recebe a Medalha de Ouro do Município pelas suas qualidades humanas, competência profissional e relevantes serviços ao bom nome do concelho de Paredes.

 José Luís de Castro Teixeira

José Luís Teixeira nasceu a 10 de agosto de 1961, na freguesia de Castelões de Cepeda, concelho de Paredes. É Filho de Luís Gonzaga Teixeira e de Maria Hedviges Barbosa Dias de Castro Teixeira, casado e tem um filho.

Licenciou-se em Engenharia Zootécnica pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e posteriormente em Solicitadoria e Assessoria Jurídica pelo Instituto Superior da Maia. Exerce actualmente a profissão de Solicitador na cidade de Paredes.

Foi, desde 2005 e até este ano, Presidente da Secção Autónoma de Polo Aquático dos Serviços Sociais da CMP, tendo sido eleito dirigente do ano de 2015 na Gala do Desporto organizada pela Câmara Municipal de Paredes. Sob a sua direcção, o Polo Aquático de Paredes venceu dois campeonatos nacionais absolutos, três taças de Portugal e três supertaças.

Para além do brio e excelente desempenho profissional, o nosso homenageado tem dado um contributo relevante naquela que tem sido a prestação da actividade desportiva das equipas do Polo Aquático de Paredes.

O sucesso da modalidade ao longo dos anos em que liderou o projecto muito se deve à sua capacidade organizativa, dedicação e persistência, aliás, os principais atributos orientadores da sua própria vida e que coloca praticamente em tudo aquilo que faz.

A competência profissional, o sentido de cidadania e os serviços prestados em Paredes são razões para receber a Medalha de Ouro do Município.

José Manuel Barbosa Outeiro

José Manuel Outeiro nasceu a 19 de Outubro de 1968, na Freguesia de Astromil, concelho de Paredes. É casado e pai de dois filhos.

É licenciado em Línguas e literaturas Modernas pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto e deu início à actividade profissional como professor do ensino secundário, em 1993, tendo exercido actividade até 1997, ano em que assumiu funções a tempo inteiro como vereador na Câmara Municipal de Paredes.

A ligação ao associativismo teve início na Universidade, integrando os órgãos sociais da Associação de Estudantes da Faculdade de Letras. Em 1990, integrou a primeira equipa directiva da Associação para Desenvolvimento de Rebordosa, integrando os órgãos sociais da associação de que é o sócio n.º 11 até 2001. Em 1996 passou a integrar os órgãos sociais dos Bombeiros Voluntários de Rebordosa, mantendo a ligação até 2005.

Na actividade política, foi Presidente da JSD concelhia e Vice-Presidente de várias comissões políticas do PSD Paredes. Fez também parte do conselho nacional do PSD.

Em funções autárquicas, destaque para a para a passagem pela Assembleia de Freguesia de Rebordosa e depois pela Assembleia Municipal de Paredes. Foi depois vereador na Câmara Municipal de Paredes e Administrador dos Serviços Municipalizados. Antes de voltar a ser membro da Assembleia Municipal de Paredes, funções que desempenha presentemente, foi ainda Vice-Presidente da Câmara Municipal de Paredes.

Profissionalmente ligado à área do ambiente desde 2006, integra desde 2012 o Grupo Ecorede, sendo actualmente director geral da Ecorede Resíduos Industrias.

A dedicação à causa pública e ao associativismo, a competência profissional e o elevado sentido de cidadania são razões para receber a Medalha de Ouro do Município.

José Manuel de Oliveira e Castro

José Manuel Castro nasceu a 17 de Dezembro de 1961, em Sobrosa, Paredes, é casado e tem duas filhas. É o actual Director de Finanças do Porto, na sequência de um percurso profissional e académico de excelência.

Entrou na administração tributária em 1980 e em 1991 tinha já chegado a Técnico Tributário. Passou em 1999 a Perito Tributário e a Chefe de Finanças Adjunto. Em 2005, tornou-se Técnico de Administração Tributária, Nível 2 e em 2007 exerceu as funções de Chefe de Finanças em regime de substituição em Vila Nova de Gaia 2, sendo, ainda nesse ano, nomeado Chefe de Finanças de Odemira.

Foi depois Chefe de Divisão de Gestão da Dívida Executiva da Direcção de Finanças de Lisboa, Director de Finanças de Viana do Castelo, antes de passar a Subdirector Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira, funções que exerceu até maio último, quando assumiu o actual cargo de Director de Finanças do Porto, equiparado ao de Subdirector Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira.

O percurso académico corresponde ao profissional. Depois de concluiu o bacharelato em Engenharia Electrotécnica, no ISEP, diplomou-se em Estudos Superiores Especializados em Engenharia Térmica Industrial e é Mestre em Contabilidade.

Mas profissionalmente desempenhou ainda várias outras funções, como a de Monitor Distrital da Contribuição Autárquica ou de Monitor/Formador da nova Aplicação Informática de Controlo e Gestão dos Processos de Execução Fiscal para a Zona Norte e no âmbito da Reforma da Tributação do Património, entre outras. Tem sido também orador convidado em palestras relacionadas com as execuções fiscais.

Paralelamente, tem vasta e activa participação cívica e associativa., tendo sido inclusivamente Presidente da Junta de Freguesia de Sobrosa.

A competência profissional, o elevado sentido de cidadania e relevantes serviços prestados ao longo da carreira, também em Paredes, são razões para receber a Medalha de Ouro do Município.

Mário da Silva e Rocha

Mário Rocha nasceu a 22 de maio de 1973 e é natural de Rebordosa, Paredes. Casado e com três filhos, é um homem empreendedor. Muito jovem, em 1990, começou a actividade profissional no ramo do fabrico do mobiliário, na empresa da família.

Em 1999 criou, juntamente com a mulher, a empresa fundadora da marca Antarte, actualmente uma das principais referências do concelho de Paredes ao nível do fabrico de mobiliário, tanto no mercado nacional como em alguns mercados internacionais.

Em 2001, chegou a presidente do Clube de Ciclismo de Paredes, acumulando mais tarde as funções de director desportivo da equipa.

Mais tarde, em 2005, criou a Julho Eventos e organizou os primeiros festivais de verão do concelho de Paredes – o Antarte Pop Rock 2006 e 2007.

Foi também vereador do pelouro das actividades económicas e turismo da Câmara Municipal de Paredes, acumulando as funções de Vice-Presidente da Câmara. Do seu trabalho destaca-se a organização da Mostra de Mobiliário, com um forte contributo para a marca Paredes – Rota dos Móveis e para a posterior organização do evento Art on Chairs.

Em 2008, constituiu a empresa Herdade da Rocha, dedicando-se à produção de vinhos de qualidade e, mais recentemente, à indústria Hoteleira.

Pelo empreendedorismo, pela entrega à causa pública, pelo elevado sentido de cidadania e por relevantes serviços prestados em prol do engrandecimento do nome de Paredes, recebe a Medalha de Ouro do Município.

Rui Gil Soares de Barros

Rui Barros nasceu no dia 24 de Novembro de 1965, em Lordelo, é casado e tem três filhos e uma filha. foi um dos melhores avançados da sua geração no futebol português, tendo-se destacado internamente no Futebol Clube do Porto e internacionalmente na Juventus de Turim, no Mónaco, no Marselha e na Selecção Nacional.

Cresceu com uma bola de futebol nos pés e apesar de ter abandonado os estudos aos 12 anos para ajudar o pai e o irmão na oficina, nem o cansaço do trabalho o impedia de se juntar aos colegas na equipa de iniciados dos Aliados de Lordelo para treinar.

À custa de muito trabalho, chegou ao Paços de Ferreira, onde brilhou a ponto de ser notado pelos responsáveis do FC Porto, clube para o qual se transferiu no último ano de júnior. Chegado a sénior, foi emprestado para rodar, regressando a FC Porto em 1988 para uma época fantástica, com vitórias no Campeonato e na Taça, a conquista da Taça Intercontinental e da Supertaça Europeia.

A sua genialidade levou-o à Juventus, naquela que foi, à altura, a mais cara transferência do futebol português. Em Itália reinava nessa altura o AC Milan e Rui Barros venceu apenas uma Taça e uma Taça UEFA. Ao fim de duas épocas, transferiu-se para o Mónaco e três temporadas mais tarde, para o Marselha de Paulo Futre.

Assinou novamente pelo FC Porto em 1994/95, integrando a histórica equipa que conquistou o “penta”. Pendurou as botas no ano 2000 e voltou cinco anos depois ao FC Porto para ser adjunto de Co Adriaanse e, após a saída do holandês, liderou os dragões à conquista da Supertaça Cândido de Oliveira.

Continuou depois na equipa técnica de Jesualdo Ferreira até 2010, para regressar, em 2014, como adjunto de Lopetegui. Esteve na equipa técnica do FC Porto até à última época e continua ligado ao clube, sendo paralelamente um empresário bem-sucedido.

A excelência futebolística, a competência profissional e o facto de ter levado bem longe o nome de Paredes ao longo da carreira são razões para receber a Medalha de Ouro do Município.

Valdemar de Barros Pacheco

Valdemar Barros nasceu a 26 de Outubro de 1943, em Lordelo, é casado, pai de dois filhos e avô de quatro netos. Foi um dos grandes jogadores do Futebol Clube Porto dos anos 1960. O antigo e possante defesa tem como um dos pontos altos da carreira ter marcado, de livre direto, o primeiro golo do FC Porto na final da Taça de Portugal 1968, que a equipa portuense venceu ao Vitória de Setúbal por 2-1.

No início da carreira futebolística, foi treinar ao FC Porto, sendo logo convidado a ficar. Lá fez carreira e foi também na Antas que conquistou o seu primeiro título, de campeão regional, no caso, numa final ganha ao Leixões por 3-1, com três golos de Artur Jorge. Integrou ainda a Seleção Nacional que venceu o precursor do atual Europeu Júnior, o Torneio Internacional de Juniores da UEFA/61.

E foi precisamente em 1961 que chegou a sénior, mas um empréstimo, para ganhar experiência e o serviço militar obrigatório fizeram com que só se começasse a afirmar no FC Porto em 1965/66. Nesse mesmo ano foi distinguido com o Prémio da Juventude do jornal Mundo Desportivo, permanecendo no clube até 1974.

Depois de uma passagem pelo Sporting de Espinho, na época seguinte, regressou ao Aliados de Lordelo, clube pelo qual, integrando a “equipa dourada” de 1977/78, disputou a Liguilha com o Académico de Viseu e o Juventude de Évora, ficando a um passo da subida à I Divisão nacional.

Pôs termo à carreira no final dessa temporada e apesar das inúmeras oportunidades para treinar em clubes da primeira divisão nacional, optou por uma carreira profissional fora do mundo do futebol, tornando-se comerciante. Paralelamente à vida de empresário, treinou vários clubes em escalões inferiores.

O seu carácter, a excelência desportiva que o levou a ser tantos anos titular do FC Porto e a sua competência profissional justificam a atribuição da Medalha de Ouro do Município.

Vitorino Moreira

Vitorino Moreira nasceu em Lordelo, a 12 de Junho de 1940, é casado e tem um filho. Frequentou o Seminário do Porto até ao sétimo ano, altura em que deveria dar entrada no Seminário Maior da Sé, no Porto, mas descobriu que o sacerdócio não era a sua vocação. Seu pai, Joaquim Moreira (já falecido), aceitou a decisão e o jovem Vitorino enveredou pela actividade empresarial, ao lado do próprio pai e do irmão Manuel Moreira.

Seu pai dedicava-se ao comércio de mobiliário, sendo ao mesmo tempo correspondente de 14 instituições bancárias, agentes de cinco companhias de seguros e gestores de sete mercearias, seis delas exploradas pelas suas filhas.

As funções de Vitorino Moreira passavam pela dinamização dos negócios, através dos contactos com bancos e seguradoras, da diversificação dos fornecedores e da procura de compras não tradicionais.

Deslocava-se frequentemente a Lisboa, praça principal dos negócios de móveis e cinco vezes por semana ao Porto, onde ia acompanhado pelo pai todas as sextas-feiras. Conseguiu, entre outros negócios, a primeira agência de Totobola de Lordelo e várias representações. Na altura, em Lordelo não havia agência bancarias – a primeira foi a do BES, em 1970 -, pelo que a casa de Joaquim Moreira funcionava como se de um banco se tratasse.

O serviço militar obrigatório veio obrigar a nova mudança de planos e, após 47 meses, 24 dos quais em Moçambique, como furriel miliciano enfermeiro, regressou da Guerra do Ultramar em 1966, com maior desinibição e outra visão para a procura de novos negócios e horizontes mais vastos.

Em 1968 funda, com seu irmão, a Joaquim Moreira Filhos.

Em 1970 fundou, no Porto, a empresa Margarido Carvalho e Moreira, duas casas dedicadas ao comércio de móveis. Dois anos volvidos, surgiu a indústria de estofos Rocha Gonçalves e Moreira, para, em 1978, criar uma nova empresa de comércio de mobiliário, a Pacheco e Moreiras Lda, que, em 1982, passou também a dedicar-se à indústria de mobiliário. A Vitorino Moreira, Mediação de Seguros Lda foi criada em 1996 e a Signo, Mobiliário Clássico, em 2000.

Foi acionista do jornal Novas do Vale do Sousa.

1.º Vogal do Conselho de Administração entre 2001 e 2004.

Vitorino Moreira está actualmente aposentado, mantendo-se ligado à indústria de mobiliário e à mediação de seguros.

A sua vida é ainda marcada por uma intensa actividade política e social: foi Delegado da Comissão Política Distrital do PSD durante 12 anos, Observador de Secção em quatro Congresso e Delegado num, Tesoureiro da Comissão Política do PSD Paredes, de 1992 a 1994, membro da Assembleia Municipal, de 1985 a 1989, como líder da bancada e de, 1993 a 2004, como deputado municipal.

Foi ainda Presidente da Comissão Instaladora do Convívio da Tropa, desde 1987, e Presidente da Assembleia Geral da equipa de ciclismo AC Paredes Móvel, de 1996 a 1998, e 1.º Secretário da Assembleia Geral do Aliados Futebol Clube de Lordelo, de 1991 a 1992, clube do qual seria Presidente do Conselho Fiscal, de 1998 a 2002.

Foi Tesoureiro da ADIL de 1990 a 1992, Tesoureiro dos Bombeiros Voluntários de Lordelo, de 1986 a 1988, e Presidente da mesma corporação, de 1988 a 1993, sendo depois Presidente da Assembleia Geral, de 1993 a 2013. Foi ainda Presidente da Assembleia de Freguesia de Lordelo, de 1989 a 2005, e Presidente da Assembleia Geral da ADIL, de 1992 a 2008. Em 2005, foi Mandatário da Candidatura de Celso Ferreira à Câmara Municipal de Paredes.

Recebe esta condecoração pelo seu empreendedorismo e pelas suas qualidades humanas e profissionais, e ainda pelo elevado sentido de cidadania.