Na sequência da transferência de competências dos serviços de limpeza dos centros de saúde para as autarquias, dezenas de trabalhadores, alguns que operavam há mais de duas décadas nos centros de saúde de Penafiel e Paredes, contestam o facto de terem sido despedidos.
No caso destes dois municípios, são cerca de 40 pessoas, mas esta é uma situação transversal a outros concelhos do país, avança o Sindicato de Todos os Trabalhadores de Empresas Prestadoras de Serviços (STTEPS).
Estes funcionários trabalhavam para empresas externas que eram contratadas pelo Ministério da Saúde, sendo que, agora, estes dois municípios optaram por internalizar este serviço.
Esta manhã, os trabalhadores manifestaram-se em frente à Câmara Municipal de Paredes, para protestarem e tentarem reverter esta situação. O STTEPS diz que estas pessoas “são vítimas”, sendo que o Governo e as Câmaras Municipais “têm o dever” de lhes acautelar o futuro.
O VERDADEIRO OLHAR contactou a autarquia de Paredes que disse estar “solidária” com estes trabalhadores, explicando que “houve transferência de competências de gestão dos centros de saúde para as autarquias, mas, não dos contratos de serviços de limpeza”.
Assim sendo, “as trabalhadoras em causa são funcionárias da empresa Euromex e sempre desempenharam as respetivas funções sob a direção e subordinação dessa empresa”.
Assim, estas reivindicações “devem ser apresentadas à sua entidade patronal que está obrigada a garantir os seus postos de trabalho no quadro do vínculo laboral vigente”, sustenta a Câmara Municipal, ao VERDADEIRO OLHAR.
A terminar, o município diz compreender a contestação das operárias, mostrando-se solidário “com as preocupações e anseios das trabalhadoras daquela empresa”.
Entretanto, o STTEPS avançou que está a agilizar o processo para colocar estes trabalhadores a receberem o subsídio de desemprego, prometendo ainda avançar para a justiça.
O VERDADEIRO OLHAR tentou obter também com comentário sobre este assunto junto do município de Penafiel, mas, sem sucesso.