Verdadeiro Olhar

Câmara de Paredes assume constrangimentos na recolha de lixo em vários ecopontos no concelho

O presidente da Câmara de Paredes, Alexandre Almeida, admitiu, esta quinta-feira, em reunião do executivo, que existem constrangimentos na recolha do lixo em alguns ecopontos, situação que poderá perdurar até Dezembro.

De acordo com o autarca, os dados que o executivo municipal dispõe revelam que houve excesso anormal de lixo em vários pontos do território relativamente ao ano transacto, justificável pelo aumento do nível de vidas das pessoas que passaram a produzir mais lixo.

O presidente da Câmara de Paredes esclareceu que registou-se um aumento de 43% no plástico e de 24% no papel e no vidro.

A par do aumento do lixo, o chefe do executivo esclareceu que o município tem uma frota de camiões bastante antiga, dispondo apenas de nove viaturas para a recola do lixo normal e de três para a recolha do cartão, do plástico e do vidro quer à superfície quer os ecopontos do tipo enterrado (vulgares “molocks”).

Segundo o responsável pelo executivo, a recolha destes últimos implica o uso de equipamento próprio, camiões diferentes e não é feita com os mesmos camiões que fazem a recolha normal do lixo (viaturas de basculamento e compactação traseira), sendo necessário um camião com grua.

“Ao passo que a Câmara de Paredes para a recolha do lixo normal dispõe de nove camiões, apesar de alguns já bastante antigos,  para a recolha a recolha do lixo seja nos ecopontos ou nos molocks, dispomos apenas de três camiões, dois dos quais têm mais de 20 anos, têm avarias que colocam em causa a normal recolha”, expressou, salientando que o executivo tem tentado suprimir esse problema recorrendo quer ao procedimento para aluguer de camiões para precaver avarias de algum outro de Outubro até Dezembro.

Publicidade

Nesta matéria, o chefe do executivo explicou, também, que não faz sentido comprar camiões novos, dado que já partir de Janeiro de 2019, essa recolha vai ser assegurada pela Ambisousa – Empresa Intermunicipal de Tratamento e Gestão de Resíduos Sólidos, que trata os Resíduos Sólidos Urbanos do Vale do Sousa, uma decisão tomada por cinco dos municípios que fazem parte da instituição (Paredes, Paços de Ferreira, Lousada, Penafiel e Castelo de Paiva).

“Nestes cinco municípios, a Ambisousa já faz a reciclagem desses resíduos e a partir de Janeiro vão fazer a recolha, o que significa que não faz sentido estar a investir em camiões para depois não servirem para esse efeito”, acrescentou, sublinhando que a Ambisousa lançou um concurso para aquisição de 10 camiões o que vai permitir que essa recolha seja feita de uma forma mais eficaz e eficiente.

O edil realçou, também, que o município vai, entretanto, avançar com uma campanha de sensibilização no sentido de advertir os munícipes a não depositar os designados “monos” junto dos caixotes do lixo.

“Não queremos que os munícipes depositem este lixo diferenciado no monte. Basta que o munícipe nos contacte, temos uma linha para esse efeito, vamos ao local, recolhemos esses “monos” que vão para o ecocentro”, avançou.