Os Bombeiros Voluntários de Valongo concluíram, este domingo, em sessão solene que contou com a presença do Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, as cerimónias de comemoração dos 125 anos da corporação.
Recorde-se que, este sábado, a associação humanitária fez-se representar em Campo, com uma exposição de viaturas, e realizou ainda um simulacro, no Largo do Centenário, que recriou a corporação e o seu modo de actuação desde a fundação até à actualidade.
Hoje, além do desfile apeado e motorizado foram atribuídas medalhas e condecorações aos soldados da paz que integram o quadro de honra.
A corporação de bombeiros valonguense recebeu ainda a Medalha de Mérito Distrital da Federação de Bombeiros do Distrito do Porto e a Medalha de Mérito de Protecção e Socorro Grau Ouro do Ministério da Administração Interna, pelo “heroísmo, abnegação e solidariedade para com o próximo”.
“Saio daqui com a certeza que estes 125 anos não são um acaso mas feitos da dedicação de muitos”, disse o ministro
O comandante da corporação dos Bombeiros de Valongo, Bruno Fonseca, aproveitou a sessão solene para felicitar os bombeiros promovidos e fazer vários agradecimentos, entre eles ao presidente da instituição humanitária. “O trabalho conjunto que temos feito é de orgulho, continuidade e esperança para estes operacionais”, disse. Agradeceu ainda ao quadro de comando, ao corpo activo – a quem vai ser dado um voto de louvor que já foi aprovado em Assembleia Geral da associação humanitária -, aos cadetes, infantes e estagiários e à família.
Também o discurso do presidente dos bombeiros, Armando Pedroso, se fez de agradecimentos. Argumentando que prefere ser operacional a fazer discursos, o bombeiro lembrou uma história de altos e baixos em que sempre foi possível superar as dificuldades. Armando Pedroso deixou ainda uma proposta ao ministro: que alguém do Ministério da Administração Interna ou da Autoridade Nacional de Protecção Civil apadrinhe a corporação de Valongo.
No âmbito das comemorações, o presidente da Federação de Bombeiros do Distrito do Porto, salientou que a associação humanitária aniversariante é “uma casa de trabalho” que nunca esperou que “nada lhe caísse do céu”. José Miranda entregou a Medalha de Mérito Dourada ao presidente da corporação valonguense, uma distinção que Armando Pedroso fez questão de partilhar com todos os elementos da direcção. O líder da federação distrital elogiou ainda a boa relação entre a direcção e o comando e realçou que, nestes 125 anos, só por duas vezes a instituição teve duas viaturas financiadas. E entregou à corporação a Medalha de Mérito Distrital da Federação.
Em representação da Liga de Bombeiros Portugueses, Bruno Alves, também parabenizou a instituição pelos 125 anos.
“Qualquer presidente de Câmara se sente orgulhoso pelos bombeiros que tem afirmou ainda José Manuel Ribeiro. “Houve a visão de seguir um caminho inteligente e há muito tempo que nesta corporação se investem em áreas de valor acrescentado”, referiu o presidente da Câmara Municipal de Valongo em relação às equipas cinotécnica e de mergulho da instituição.
O autarca lembrou ainda que, no ano passado, os apoios aos bombeiros do concelho foram actualizados em 33% e apelou ao ministro que haja mais apoio do Estado.
No encerramento da sessão, Eduardo Cabrita elogiou os homens e mulheres que se dedicaram à associação humanitária nestes 125 anos. “Saio daqui com a certeza que estes 125 anos não são um acaso mas feitos da dedicação de muitos”, afirmou.
Além de entregar a Medalha de Mérito de Protecção e Socorro Grau Ouro do Ministério da Administração Interna à corporação, o governante elencou as medidas tomadas para evitar que o ano “traumático” de 2017 se repita.