O Bastonário da Ordem dos Advogados visitou, na sexta-feira, o concelho de Paredes e defendeu que há “problemas urgentes” a resolver no Tribunal de Paredes.
“Temos aqui um tribunal que precisa de obras intensas e que não tem o que é preciso do ponto de vista do preenchimento das vagas dos funcionários e dos magistrados”, sustentou Guilherme Figueiredo.
A visita, realizada no âmbito da iniciativa “Bastonato de Proximidade” permitiu ao bastonário reunir com o presidente da Câmara Municipal de Paredes, com o Conselho de Gestão da Comarca Porto Este e com os advogados locais.
Telhado deixa entrar água e só há “uma sala de audiências com dignidade”
Segundo Guilherme Figueiredo, o Bastonato de Proximidade permite à Ordem conhecer os problemas que cada município tem do ponto de vista da justiça. “Daí a ideia de juntar quer os membros da autarquia quer os magistrados judiciais, os magistrados do ministério público, os funcionários e os advogados. A ideia é recolher informação”, afirmou aos jornalistas.
Os problemas, disse Guilherme Figueiredo, são sobretudo ao nível do edifício, com um telhado deficiente que deixa entrar água e humidade, deixando o tribunal com “um problema de dignidade” e não permitindo “um bom funcionamento”. “Só existe uma sala de audiências com dignidade, o que é muito pouco”, frisou.
O Bastonário da Ordem dos Advogados prometeu ainda usar o seu magistério de influência para tentar resolver questões de projectos de obras e alterações a nível do mapa judiciário que estão paradas. “Poderei, até em conversas que tenho com outras entidades do Ministério da Justiça e com o Ministério das Finanças, discutir algumas matérias e sensibilizá-los para que tenham uma evolução mais célere”, acredita.
A visita, realizada pela delegação da Ordem dos Advogados em Paredes, serviu ainda para estimular a comunicação com os colegas advogados. “Vim dizer-lhes o que se anda a fazer e perceber o que se passa no terreno. Observar é muito importante nestas matérias e para juntar esforços, vontades e sinergias para trazer alterações positivas e consensuais”, defendeu.