A Câmara de Lousada sugeriu, numa reunião realizada na terça-feira, com a Autoridade de Saúde Local, que o alunos do ensino secundário tenham aulas à distância.
“Solicitamos uma avaliação global e técnica, da pertinência de mantermos em funcionamento todos os níveis de ensino, sugerindo que se algo fosse decidido pela DGS, considerassem como possibilidade o nível secundário (10.º, 11.º e 12.º ano) pudesse ter aulas a partir de casa, uma vez que estes jovens apresentam maior autonomia e podem estar em casa sem afectar o trabalho dos encarregados de educação”, informou, hoje, Pedro Machado.
Segundo o presidente da autarquia, a “situação ainda não foi decidida porque se espera por uma decisão global a nível governamental, de forma a promovermos a menor mobilidade possível de alunos, mesmo com a total convicção de que a comunidade escolar tudo está a fazer para garantir que as escolas são seguras para todos”.
O Governo promete decisões depois de mais uma reunião com epidemiologistas.
Não esquecendo a situação vivida em Novembro, em Lousada e na região, devido ao elevado número de casos positivos de Covid-19, “com claras repercussões a nível social e económico, mas acima de tudo em termos de saúde pública”, o autarca fala agora num cenário “dantesco e tremendamente grave”, com centenas de mortes diárias, e lembra que Lousada não é uma bolha.
“Mas, acima de tudo, temos que compreender o esforço que os profissionais de saúde estão a fazer por todos nós”, defende Pedro Machado.
Em Lousada, garante, tem-se procurado antecipar cenários e foi reforçada a capacidade de testagem no centro de testes no Complexo Desportivo de Lousada, reforçado o apoio e contacto próximo com as Unidades de Saúde, Bombeiros e GNR, assim como a colaboração entre instituições.
“Promovemos uma maior fiscalização e esclarecimento aos cidadãos, aos estabelecimentos comerciais e colocamos a polícia municipal numa postura proactiva e colaborativa, a informar as pessoas, tentando atuar junto dos estabelecimentos escolares, impedindo aglomerados de pessoas e o cumprimento de regras”, realça o edil, salientando ainda que hoje se iniciou a vacinação aos grupos de risco nos lares de idosos, famílias de acolhimento e lar de apoio à deficiência.
“A prioridade é a saúde pública e impedir uma maior escalada de casos. Se nada fizermos, mesmo a situação vivida em Lousada, sendo minimamente estável, acabará por disparar, uma vez que não vivemos numa bolha, completamente isolados dos outros concelhos. Por isso, peço a máxima cautela a cada um de nós”, conclui.