O novo quartel da GNR de Paço de Sousa, em Penafiel, está dimensionado para 35 efectivos, mas só tem 14. O presidente da Câmara aproveitou a inauguração oficial do edifício, realizada hoje com a presença do ministro da Administração Interna, para pedir um reforço de meios humanos.
Resolvido que está o problema das condições “indignas e precárias” do antigo posto, é preciso agora olhar ao número de militares que ali prestam serviço, defendeu Antonino de Sousa. “Pela obra física o Ministério está de parabéns, mas deixo um alerta e um pedido. Este quartel foi projectado para 35 efectivos, mas na verdade tem um número que não chega a metade. São cerca de 14. Só com muito talento, arte e engenho tem sido possível cumprir a missão com este número limitado. Com as férias, baixas e turnos é muito difícil manter o funcionamento”, disse o autarca.
“Há a necessidade de reforçar o número de efectivos assim que possível. Este é um posto que serve três freguesias, em 25 quilómetros de território, e quase oito mil pessoas. É uma área maior e uma população superior à de muitos concelhos do país e faz sentido que haja este reforço para que a guarda cumpra a sua missão”, argumentou o presidente da Câmara de Penafiel.
Depois deste apelo, o ministro da Administração Interna reconheceu que “as instalações são essenciais, os veículos importantes e os equipamentos fundamentais”, mas que sem homens e mulheres “nada se faz”.
Também questionado, Antonino de Sousa confessou que “a resposta não foi tão concreta” quanto gostaria, mas diz entender as dificuldades de formação trazidas pela pandemia. “O quartel pode ser o melhor do mundo, mas se não tiver efectivos é como um hospital sem profissionais de saúde”, comparou, dizendo esperar que haja um reforço de militares até ao final do ano.
Quanto aos outros quarteis da GNR no concelho, o autarca afirmou que o das Termas de São Vicente tem boas condições e que o de Penafiel precisa de obras de requalificação, face à idade do edifício. “A insuficiência de efectivos existe em todo o Destacamento, mas a situação de Paço de Sousa é a mais evidente”, frisou.