Nos últimos três meses, a Câmara de Paredes tem recebido mais pedidos de apoio social, sobretudo de pessoas que ficaram em situação de lay off ou desemprego devido à pandemia COVID-19. No total foram já concedidos quase 25 mil euros em ajudas.
“O município de Paredes tem vindo a adoptar uma série de medidas extraordinárias de carácter urgente para fazer ao momento particularmente difícil que vivemos”, explica a Câmara.
Desde o início da pandemia, no âmbito do Plano de Apoio à Economia Local, a autarquia avançou com um reforço dos cabazes alimentares sinalizados pelas Juntas de Freguesia, instituições concelhias ou mesmo pelas próprias famílias afectadas, que ficaram sem emprego ou viram uma redução significativa dos seus rendimentos decorrente da situação actual do país; reforço do apoio pontual económico em situação de emergência; reforço do apoio para aquisição de medicação; e possibilidade do pagamento em prestações, sem juros, das rendas sociais, para os munícipes que viram os seus rendimentos reduzidos por força do layoff ou desemprego devido à pandemia.
“A Câmara apoia mensalmente 85 agregados familiares, mas nesta fase passou a apoiar 125 famílias”, dá como exemplo.
Assim, entre Março e Maio a Câmara entregou 375 cabazes alimentares no valor de cerca de 7.500 euros, abrangendo um total de 590 beneficiários destes agregados familiares. Foram ainda dados 39 apoios económicos para pagamento de despesas de água, luz e renda, no valor de 9.250 euros (117 beneficiários) e 26 apoios para aquisição de medicação, no valor de 5.200 euros (94 beneficiários).
Quanto às isenções e devoluções previstas no plano de apoio a famílias, empresas e instituições do sector social, foram concedidas 121 isenções da taxa de resíduos sólidos urbanos (363 beneficiários), totalizando 2.420 euros, e 71 devoluções a 100% da tarifa do lixo e da tarifa fixa de água e saneamento para os munícipes que viram os seus rendimentos reduzidos por força do “lay off” ou desemprego devido à pandemia: 1.080 euros, abrangendo 213 beneficiários.
Questionada sobre um reforço dos apoios sociais, a Câmara de Paredes refere que “tem plena consciência que os reforços dos apoios sociais vão ter de continuar este ano, tanto os que estão já previstos no âmbito do regulamento existente, como outros que terão de ser considerados e ajustados às necessidades das famílias”.
“As consequências do desemprego, da falta de rendimentos de inúmeros profissionais por conta própria nos mais variados sectores de actividade irão ter, infelizmente, consequências a curto, médio e longo prazo. O Município, consciente desta realidade social extremamente difícil para as famílias de Paredes, terá de responder, dentro da sua realidade financeira, e prestar a ajuda possível nesta crise”, garante.
Para isso, e “uma vez que há limites financeiros que têm de ser cumpridos, serão cancelados projectos que, sendo importantes, perdem prioridade perante a resposta social que precisa de ser dada”.
“Temos de priorizar os apoios às necessidades mais básicas, assegurando o bem-estar da população mais frágil”, termina a autarquia na resposta ao Verdadeiro Olhar.