Bruno Coelho, atleta de Paredes, venceu a prova ‘Glaciar Sanabria’, que decorreu este mês, na província de Zamora, em Espanha, confirmou ao Verdadeiro Olhar o corredor.
O atleta, que tem 38 anos e é guarda prisional, percorreu seis etapas, numa distância de 212 quilómetros e mais de 10 mil metros de desnível positivo, num percurso realizado na zona norte de Espanha, mais concretamente no ‘Parque Natural del Lago de Sanabria’ e a ‘Alta de Sanabria’, na província Zamora.
Conhecida como a prova mais portuguesa de Espanha, participaram cerca de 100 atletas portugueses, numa iniciativa que, nesta edição, contou com um total de mais de mil atletas, o que foi para a organização um “recorde absoluto”.
Assim, a representação portuguesa cifrou-se nos 10 por cento, com os atletas nacionais a conquistarem seis presenças no pódio.
Mas o maior destaque foi mesmo para Bruno Coelho que venceu a super exigente Glaciar Ultra Trail. O português, da Furfor Running Project, terminou a prova em “22h02 e 18 segundos”, com mais de 40 minutos de avanço do segundo colocado, o espanhol Victor del Aguila Pellicer, especificou o corredor.
Mas Bruno Coelho não se cansa de somar sucessos. Recorde-se que foi o melhor português na 18ª edição da Ultra Trail du Mont Blanc (UTMB), ao obter o 22º lugar da classificação geral, numa prova que é considerada como a competição de trail running mais importante do mundo. Esta prova aconteceu em Chamonix, na junção da França, Suíça e Itália, perto dos Alpes. Com uma distância de 170 quilómetros, o atleta fez um tempo de 24h54 e 19 segundos, ocupando a 22.ª posição geral e o 17.º lugar do seu escalão.
Um mês depois, voltou a subir ao primeiro lugar do pódio na ‘Ultra Madeira’, que teve um percurso de cerca de 85 quilómetros e 8810 metros de desnível positivo.
Agora, duas semanas depois, Bruno Coelho volta a brilhar em Espanha, o que o deixou “muito satisfeito”, porque compensa a “dedicação e paixão” que tem à modalidade.
Em entrevista recente ao Verdadeiro Olhar, Bruno Coelho realçou que o trail “é um vício” e que faz parte do seu “ADN”.
Mas a felicidade ao fazer este tipo de provas não advém dos títulos, porque o maior gozo em participar nestes percursos acontece quando corta a linha da meta, porque é sinal que se conseguiu “superar”.
Sobre o futuro, pretende continuar a “trilhar caminhos e a conquistar o bem-estar” que estas corridas lhe permitem.
Um bem-estar que tem andado de braço dado com as inúmeras vitórias que tem alcançado.