Monitorizar as águas junto ao aterro de resíduos não perigosos em Sobrado, Valongo. É esse o próximo passo da Associação Jornada Principal, que foi constituída em Maio para lutar pelo encerramento deste equipamento que a população aponta como responsável por cheiros nauseabundos, pragas de mosquitos e pela possível contaminação dos lençóis de água.
Segundo comunicado, esta associação popular vai usar as receitas angariadas no evento “Sobrado é Festa” para realizar ensaios físico-químicos que monitorizem a áreas adjacentes ao aterro.
“Existindo indícios que os lençóis freáticos, da área envolvente ao aterro, estão a ser contaminados devido a infiltrações de lixiviados, o movimento e os sobradenses estão preocupados com esta situação, pelo que, irá avançar com uma campanha trimestral de recolha e análise das águas provenientes das nascentes do Alto Vilar. Para além desta acção apostaremos, também, na divulgação de alertas, eventos de sensibilização e esclarecimentos à população”, explica a instituição.
A decorrer está ainda a petição que pede o encerramento daquele aterro. Existem já cerca de 4000 assinaturas reunidas.
Recorde-se que, no mês passado, a Câmara Municipal de Valongo e a Jornada Principal avançaram que vão intentar uma acção popular em tribunal para pedir o encerramento do aterro de resíduos não perigosos.
Os responsáveis do aterro e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) já garantiram que tudo é licenciado e fiscalizado, funcionando dentro da legalidade.