A Associação Recreativa e Cultural de Sobrão, de Meixomil, Paços de Ferreira, assinala, esta sexta-feira, 64 anos, promovendo, no sábado, pelas 10h00, um debate subordinado ao tema “A crise do associativismo e o papel dos órgãos autárquicos”, que terá lugar na sede da instituição.
O debate irá contar as presenças já confirmadas do presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, Humberto Brito, do presidente da Associação Recreativa e Cultural de Sobrão, José Costa Gomes, do sócio honorário da Associação Recreativa e Cultural de Sobrão, José Neto, e outros representantes de diversas colectividades do concelho.
A cerimónia dos 64.º aniversário da instituição coincidirá, também, com a tomada de posse dos órgãos sociais da colectividade, para o biénio 2018/2019.
Falando do aniversário, José Costa Gomes, salientou que a ARC de Sobrão é uma das instituições referências do concelho que, apesar das dificuldades, tem conseguido superar obstáculos e define-se pelo ecletismo, integrando modalidades como o ténis de mesa, o ténis de campo, a dança competitiva, o boccia sénior e o boccia para deficientes.
“Não é todos os dias que se celebram 64 anos. Somos uma associação com muitos anos de história, que integra 150 atletas, que se vem afirmando pela sua importância e peso social na dinamização de várias modalidades”, disse, justificando a escolha do tema do debate com a necessidade de recentrar a importância que as colectividades têm nas sociedades e em especial em concelhos como o de Paços de Ferreira.
“Estamos conscientes do nosso papel social. Além da componente formativa e desportiva compete às colectividades preservar as tradições e as memórias e a sua consciência colectiva”, expressou.
Sobre os objetivos para o presente mandato, José Gosta Gomes destacou que são apostas da sua direcção manter as parcerias que a instituição tem, nomeadamente com a Câmara de Paços de Ferreira, e continuar a potenciar o ténis de mesa, uma das modalidades referência.
A este propósito, o director da ARC de Sobrão avançou que o colectividade tem duas equipas a competir, uma na distrital e outra na segunda divisão nacional. “Na distrital, os objectivos passam por rodar os atletas de forma a conferir-lhes mais experiência. Na segunda divisão nacional é a primeira vez que estamos na prova, pelo que os nossos propósitos passam pela manutenção”, afiançou.
Quanto ao ténis de campo e à dança de competição, o responsável pela ARC de Sobrão assumiu que os objectivos passam, somente, pela formação.
“Ampliar o pavilhão é uma necessidade absoluta”
José Costa Gomes realçou, ainda, a estrita necessidade das obras de ampliação do pavilhão estarem concluídas este ano.
“Queremos implementar a modalidade de boccia sénior e do boccia para deficientes, mas o pavilhão carece de uma intervenção, dispor de condições para permitir a prática da modalidade, nomeadamente ao nível das rampas. Trata-se de uma obra que conta com o apoio da Câmara de Paços de Ferreira, orçada em cerca de 40 mil euros, mas que é absolutamente vital”, assegurou.
O dirigente reclamou, ainda, um maior apoio da comunidade local relativamente ao trabalho da associação. “Verificamos que o apoio que nos tem sido conferido por parte da comunidade local nem sempre era o que esperávamos. Vivemos numa sociedade que valoriza o individualismo, que não valoriza o colectivo, nem o bem-estar da colectividade”, reiterou.
José Costa Gomes é presidente da ARC de Sobrão desde 1998, há 20 anos.