A Igreja Matriz de Sobreira vai sofrer uma obra de conservação, orçada em cerca de 100 mil euros, que visa recuperar o telhado, a pintura de paredes interiores e exteriores e a substituição do soalho.
O Governo vai assumir metade da verba. O contrato de financiamento com a Fábrica da Igreja de São Pedro de Sobreira foi assinado, hoje, pelo secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel.
“Esta é uma parceria entre o Governo e paróquia. Porque é que o Governo vai investir num património que é da Igreja? Porque é de todos e é obrigação do Estado preservar o património que nos legam”, explicou o Governante, lembrando que há um compromisso informal de que a Câmara de Paredes também apoia a obra. “Isto podia ser assinado em qualquer local, mas é uma forma de o Governo dizer que está na sede do concelho, nas freguesias e nas aldeias. 50 mil euros é pouco no orçamento do Estado, mas é importante para esta obra e para o Estado dizer que está cá”, sustentou Carlos Miguel.
Antes, Alexandre Almeida tinha salientado a importância histórica da igreja, dizendo tratar-se de um “edifício emblemático de arquitectura religiosa que importa preservar”. Os 100 mil euros não chegam para tudo o que seria necessário, assumiu, referindo que 50% da verba será comparticipada pelo Governo, sendo que os outros cerca de 50 mil euros resultam do envolvimento da paróquia, Junta de Freguesia de Sobreira e Câmara de Paredes. “Iremos aproveitar para terminar a escadaria exterior da igreja”, prometeu o presidente da Câmara.
Falando das características da Igreja, com vários elementos do século XIX, Pedro Silva, presidente da Fábrica da Igreja de São Pedro de Sobreira, assumiu que não conseguiriam sozinhos suportar o peso da obra. O pároco lembrou o envolvimento dos paroquianos na construção da nova igreja da paróquia, a funcionar desde 2008, que custou 1,5 milhões de euros e que foi “praticamente suportada pela comunidade”.
A Igreja Matriz de Sobreira tem uma capela mor datada de 1806 e uma torre sineira de 1874. Tem quatro altares além do altar mor. Desde a inauguração da Igreja Nova ainda recebe culto e é local de velórios.