A 9.ª edição da Assembleia de Jovens de Paredes contou com a apresentação, debate e votação das propostas das escolas básicas de Cristelo, Paredes e Sobreira, as escolas básicas e secundárias de Rebordosa e Vilela, e a Escola Secundária de Paredes. O tema incidiu no combate ao ““racismo, preconceito e discriminação”.
As quatro medidas mais votadas foram as da Escola Básica da Sobreira, da Escola Básica de Paredes e a Escola Básica e Secundária de Rebordosa.
A primeira medida, com 36 votos, da Escola Básica da Sobreira propôs a organização de uma exposição ou feira de culturas, como uma forma mais alargada de dar a conhecer e experimentar outras culturas no concelho durante dois ou três dias. Realizar-se-ia num espaço que a autarquia considerasse adequado, seriam expostos objectos ou fotografias associados a determinada comunidade e paralelamente poderia haver demonstração de danças tradicionais, leitura de contos tradicionais e uma área de gastronomia para provar pratos típicos.
A segunda medida, com 32 votos, da Escola Básica de Paredes, aposta na promoção da educação para o multi-culturalismo nas escolas e nas comunidades, desenvolvendo actividades que ponham em contacto grupos de pessoas que habitualmente vivem em paralelo, mas sem se cruzarem: etnias, pessoas com deficiência, idosos e estrangeiros.
A terceira medida, com 31 votos, da Escola Básica e Secundária de Rebordosa, propôs a realização de palestras informativas às várias faixas etárias sobre o racismo, preconceito e discriminação. Com o mesmo número de votos, uma medida da Escola Básica da Sobreira propõe a organização de um dia de jogos tradicionais ou actividades lúdicas com equipas heterogéneas. Uma proposta para aproximar pessoas, porque as actividades lúdicas têm essa capacidade. E ao incluir jogos e outros modos de expressão como artes plásticas pretendem ser inclusivas, permitindo a participação de alunos de ambos os sexos, com idades diferentes ou portadores de deficiência.
O presidente da Câmara louvou a participação e o envolvimento dos jovens de Paredes. “Não vivemos num mundo perfeito, mas este debate ajuda. A questão dos migrantes tornou esta temática muito actual, mas o problema não nasceu agora nem vai acabar agora. Tem é mais visibilidade pelo imediatismo da Internet. No entanto, temos de ajudar aqueles que fogem da guerra, porque, noutras épocas, e não muito distantes, estavam os portugueses a fugir do país”, recordou Celso Ferreira.