“As previsões dos empresários apontam para a criação de mais mil postos de trabalho”, diz o presidente da Câmara de Paços de Ferreira, com base nos dados recolhidos durante as visitas a empresas durante a Semana do Investimento e do Emprego realizada pelo executivo.
Humberto Brito acompanhou, hoje, uma visita do Ministro da Economia a três empresas do concelho – Móveis Veríssimo, Prugent Diam e Maroco, Lda. Manuel Caldeira Cabral realçou a importâncias destas pequenas e médias empresas “que têm ambição e querem investir”.
“Estão a criar emprego, a aumentar exportações, a abrir novos mercados e são empresas que apostam numa produção de qualidade, mas também, cada vez mais, na inovação, no design e na investigação para melhorar o valor dos seus produtos e criar mais valor em Portugal”, afirmou o governante.
Existe desemprego, mas também escassez de mão-de-obra em algumas áreas
Depois de passar por Paredes, onde presidiu ao lançamento da primeira pedra das novas instalações de uma empresa, o Ministro da Economia seguiu para Paços de Ferreira onde visitou três empresas.
Aos jornalistas, Caldeira Cabral elogiou a dinâmica do concelho onde foram criados 2.500 postos de trabalho nos últimos três anos, e cujos empresários investiram cerca de 100 milhões de euros. “São este conjunto de médias empresas que estão a contribuir para o crescimento económico que se sente na economia portuguesa”, defendeu, sustentando que as empresas estão com confiança e a investir.
Um dos problemas passa pela falta de mão-de-obra em algumas áreas, concordou. “Ao mesmo tempo que existe um desemprego elevado, que estamos a trabalhar para baixar – este ano houve a maior redução de desemprego desde 2000 com uma criação de postos de trabalho muito importante -, há também, em áreas específicas, escassez de mão-de-obra”, disse o ministro. “É preciso apostar mais na formação e o programa que estamos a trabalhar, com os centros de formação, quer responder a isso: dar formação em áreas em que há falta de pessoas, que são áreas mais técnicas, nomeadamente, a da soldadura”, deu como exemplo.
“Uma empresa em Paços de Ferreira paga menos impostos que em qualquer concelho nosso vizinho”
No final da visita, o presidente da Câmara de Paços de Ferreira lembrou os números, recentemente apresentados, que mostram a dinâmica económica do concelho nos últimos três anos: mais de 100 milhões de euros de investimento; 561 novas empresas; 2.500 empregos criados; volume de exportações próximo dos 400 milhões de euros. “São bons indicadores económicos que nos deixam a todos satisfeitos”, afirmou Humberto Brito.
“Empresas fazem nascer empresas. Aqui é um território natural para o nascimento de empresas. Costumo dizer que Paços de Ferreira é uma mega incubadora”, referiu.
A política municipal não tem passado tanto por dar “benesses” às empresas que se pretendem instalar no concelho, como isenções, mas mais por políticas transversais, salientou o presidente da Câmara. “Apostamos na redução do IMI e dos coeficientes de localização. Esse é um factor de competitividade muito grande. Uma empresa em Paços de Ferreira paga menos impostos que em qualquer concelho nosso vizinho. É essa política fiscal de apoio ao tecido económico local que queremos manter”, afirmou. Assim, frisou o autarca, o apoio chega a todas as empresas, mesmo as que já estão no concelho há vários anos.