Verdadeiro Olhar

Árvores ‘doentes’ deram origem a esculturas que celebram biodiversidade de Lousada

As duas emblemáticas tílias, localizadas junto à entrada da Quinta de Vila Meã, na Av. dos Combatentes da Grande Guerra, em Lousada, sinalizadas como ‘doentes’, e que a Câmara de Lousada decidiu não abater, já estão transformadas em esculturas que “celebram a biodiversidade” do concelho. “As árvores morrem sempre de pé”, salienta a Autarquia, através da página Lousada Ambiente.

“O trabalho artístico, a cargo da escultora Rosa Van de Vooren, está finalmente concluído e pode ser apreciado por todos os que passarem diante dos torreões da Quinta de Vila Meã, onde novas tílias serão em breve plantadas”, refere a mesma fonte.

Recorde-se que, “após uma avaliação fitossanitária, as árvores foram diagnosticadas com diversas doenças e debilidades provocadas por sucessivas podas agressivas, o que impossibilitava a sua manutenção segura no espaço público”. O município de Lousada “optou por perpetuar a memória e valor histórico destes dois gigantes verdes, transformando-os em esculturas que celebram a biodiversidade e a relação do homem com a natureza” ao invés de as abater. “As esculturas servem, de igual modo, de alerta acerca da forma como as nossas árvores devem ser celebradas e cuidadas, evitando podas desnecessárias e persistentes que, como aconteceu neste caso, acabam frequentemente por ditar a sua morte”, sustenta o município.