A nível pessoal, faz-se uma retrospetiva da vida que se tem tido e se esse percurso está de acordo com as nossas expectativas, objetivos e sonhos, e, ao mesmo tempo, planeia-se um aperfeiçoamento desse rumo ou mesmo uma mudança de paradigmas, visando um outro estilo de vida ou uma melhoria da qualidade de vida. Se bem que podemos fazer esta reflexão a qualquer momento, esta parece ser a altura ideal, por se assumir como um marco no período temporal. Ora, estas reflexões devem levar-nos a conclusões que nos permitam ter um estilo de vida mais saudável, permitindo ter mais energia, bem-estar e qualidade de vida. É provável que não mudemos tudo o que gostaríamos ou que deveríamos mudar. É provável que as mudanças que efetuarmos vão estar aquém das que deveríamos fazer, mas reconhecermos que temos de mudar é meio caminho andado para melhorarmos.
Assim é com cada um de nós e assim deve ser igualmente com as instituições, com os municípios, com o governo, etc.
A nível nacional, 2017 fica, indubitavelmente, marcado pela tragédia dos incêndios florestais, que cobriram o país de sofrimento e angústia e expuseram as fragilidades do sistema de prevenção e de combate, resultado do desinvestimento que atingiu o Estado nos últimos anos. Atualmente, ainda que haja danos irrecuperáveis, o Governo tem vindo a tratar da reparação e reconstrução das vidas e dos bens dos mais atingidos e a iniciar a reforma estrutural necessária, em matéria de prevenção e combate, para que sejam evitadas, tanto quanto possível, repetições da tragédia que enlutou Portugal em 2017.
Por outro lado, 2017 foi um ano de grandes conquistas, que contribuíram para a melhoria de vida das pessoas: o desemprego recuou para níveis que já há muito não se observavam, foram criados mais de 200 mil novos postos de trabalho, as famílias portuguesas recuperaram rendimentos e poder de compra, com o aumento do salário mínimo nacional, com a eliminação dos cortes nos salários e pensões, com o fim da sobretaxa sobre o IRS, com a reposição das compensações sociais. Diminuiu-se claramente, para a maioria dos portugueses, o contexto de incerteza e devolveu-se a esperança e a confiança no futuro, tão importantes para o investimento.
Afinal, a “Geringonça”, designação que não aprecio de todo, tem provado que, efetivamente, havia outro caminho, capaz de melhorar a vida das famílias portuguesas. E esta é uma conquista que não deve orgulhar apenas os socialistas, mas TODOS os portugueses.
Afinal, havia uma alternativa, séria e credível, que os portugueses não ignoraram e, reconhecendo o mérito e a competência, deu ao Partido Socialista a maior vitória de sempre de um partido em eleições autárquicas.
Em Lousada não foi diferente, pois o PS aumentou a votação para a Câmara e para a Assembleia Municipal, fruto da dedicação do Dr. Pedro Machado e do seu Executivo, que obteve a renovação e o reforço da confiança dos Lousadenses. De facto, Lousada tem marcado uma posição de investimento em áreas fundamentais, como a educação, o ambiente, o desporto, a cultura, a ação social e o desenvolvimento económico-social, adotando muitas vezes iniciativas pioneiras e de relevância no panorama nacional. Os Lousadenses deram uma grande vitória ao Partido Socialista, mas é uma vitória que todos devemos partilhar, pois todos e cada um de nós ficamos a ganhar.
Eu não duvido da capacidade deste Executivo em cumprir com tudo o que foi prometido, de modo responsável e transparente, ao longo deste ano e de todo o mandato. Cabe também a cada um de nós ser mais participativo, aproveitar todas as medidas que visam o bem comum e ser mais atento, de modo a que não nos deixemos acreditar em tudo o que não visa melhorar Lousada, mas sirva apenas para nos distrair do que verdadeiramente interessa – Lousada e o seu futuro!
Por isto, neste novo ano, procuremos estar mais atentos a tudo o que se passa à nossa volta, com a família, com os amigos, no local de trabalho e na vida das nossas instituições e do nosso Concelho…