O stand de Jorge Gonçalves e Ricardo Fernandes na Festa do Brinquedo de Alfena é pequeno demais para tudo o que querem mostrar. Os amigos e coleccionadores, um da Maia e outro de Gondomar, começaram por comprar brinquedos para as suas colecções, mas acabaram a criar uma página, chamada Reviver o Passado, para vender os muitos que eram obrigados a comprar e que não tinham intenção de manter. Também doam para instituições.
“Porque somos coleccionadores, compramos em grandes quantidades e começamos a separar o que era para nós e o que vinha a mais ou que não nos interessava. Juntamos e começamos a vender. Isso foi crescendo e agora quase não temos espaço”, conta Ricardo, referindo que às vezes para conseguir um brinquedo são obrigados a comprar um lote deles.
Em causa estão brinquedos antigos, jogos electrónicos antigos e consolas e brinquedos de vários tipos. “Começamos a coleccionar alguns bonecos que faziam parte da nossa infância, ou porque os queríamos ter na altura e não tínhamos hipótese porque não havia possibilidades de comprar ou porque nos apaixonaram”, explica.
No espaço podem encontrar-se carrinhos, Playmobil, Lego, Micro Machines, figuras da Marvel, ‘tazos’, Pokémons, tudo o que saía nas batatas fritas da Matutano, Tamagochis… entre muitos outros. “O nosso stand destaca-se porque tem coisas para miúdos e graúdos”, atestam.
É a terceira edição que fazem da Festa do Brinquedo. Além desta, fazem a Feira da Vandoma e vendem online. Em todas as participações tentam trazer coisas novas. “No primeiro ano trouxemos duas bicicletas antigas e foi um furor. Este ano vamos ter aqui um elefante electrónico de meter moeda”, adianta Ricardo.
Mais que vender, salienta o espírito e a partilha gerados. “Às vezes nem é a venda em si, é a pessoa chegar aqui e falar das coisas da sua infância, do que aquele brinquedo lhe disse ou não lhe disse porque não teve hipótese de o ter. Isso fascina-nos. Criam-se laços e damos a conhecer a nossa página e as pessoas ficam apaixonadas pelo que lá vêem e isso é gratificante”, congratula-se.
Mas na Festa do Brinquedo também se fazem boas vendas. Desde os pais que querem o brinquedo que não puderam ter na infância e levam para recordação, até aos que querem dar aos filhos aquilo com que brincavam.
Sobre a Festa, Ricardo Fernandes não tem dúvidas da mais-valia: “Esta Festa tem tudo e mais alguma coisa, desde os carrosséis grátis aos comes e bebes, os brinquedos artesanais, o fazer o brinquedo ao vivo. Cada ano que passa isto melhora”.